Produtores na região de Franca pedem ajuda às prefeituras por prejuízo em cafezais

  • Rosana Ribeiro
  • Publicado em 20 de agosto de 2021 às 09:00
compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin

A massa de ar polar que derrubou as temperaturas em julho e provocou uma sequência de dias com geada danificou severamente os 150 mil pés de café

Cafezais da região de Franca foram destruídos pela geada

 

Produtores de café na região de Franca pedem às prefeituras que decretem estado de calamidade pública em razão dos danos causados às lavouras pelas geadas e pela forte estiagem.

A medida, segundo representantes, ajudaria o setor a cumprir os compromissos dos contratos de venda futura em 2021, uma vez que poderiam obter créditos especiais dos governos federal e estadual.

Na plantação do produtor José Messias, as folhas esfarelam na mão, retrato do que ele chama de “maior prejuízo da vida”.

A massa de ar polar que derrubou as temperaturas em julho e provocou uma sequência de dias com geada danificou severamente os 150 mil pés de café.

“O que você vai fazer com uma planta seca desse jeito? Ela não vai dar fruto e você vive do fruto dela. Ela acabou para produzir café por uns dois ou três anos”, afirma.

A fazenda de José Messias fica em Jeriquara, a 35 quilômetros de Franca. Depois da geada, que causa o aborto da florada, a seca prolongada virou outro problema.

Nos cálculos do produtor, os prejuízos devem passar de R$ 2 milhões nos próximos anos. “A gente sente a dor de ver todo um trabalho de anos jogada em uma noite de muito frio”, diz.

Prejuízo amenizado

Segundo o Sindicato Rural de Franca, a quebra nas produções neste ano já passa dos 40% por causa da estiagem de 2020. Para a colheita de 2022, a previsão é de, pelo menos, 35% de prejuízo.

Por esse motivo, a entidade discute com as prefeituras de Franca, Jeriquara e São José da Bela Vista os decretos de calamidade pública.

Cristais Paulista, Ribeirão Corrente e Restinga já estabeleceram o estado nos municípios.

O presidente José Henrique Mendonça afirma que a medida facilitaria as formas dos produtores lidarem com os problemas financeiros.

“Se nós não conseguirmos levar essa situação econômica do produtor anos à frente, dividindo essas questões, nós teremos um problema maior ainda, já que a geada agravou as produções de 2022 e 2023. Algumas lavouras erradicadas só voltarão a produzir em 2025”, diz.

*Informações G1


+ Agronegócios