Em declaração ao portal G1, a produtora Ana Diniz diz que a doçura das frutas é o que torna o sabor da bebida ainda mais especial.
“A gente sabe que em todo nosso terroir os frutos sempre foram muito doces. O café, a banana, o abacate, o figo, a acerola. A uva veio com uma doçura fantástica e eu acredito que vai prometer um vinho muito bom”, diz.
Impacto do clima e do solo
Vinicultores Fernando Bizanha e Maurício Orlov brindam à colheita da safra de uva em Franca (Foto: Reprodução/EPTV)
Na divisa entre São Paulo e Minas Gerais, as videiras têm na vizinhança uma área de mata nativa e crescem sobre o solo de terra clara cheia de pedregulhos e areia a 1,2 mil metros de altitude, terreno raro na região.
“O terroir é o começo da qualidade. Se você não tiver qualidade no terroir, dificilmente você consegue ter qualidade dentro da garrafa. Esse terroir foi escolhido, foram anos procurando, procuramos em mais de 50 propriedades até encontrá-lo para o cultivo das videiras”, afirma Maurício Orlov.
Devido à influência da amplitude térmica, que registra altas temperaturas durante o dia e uma queda considerável com a chegada da noite, o equilíbrio entre os açúcares e a acidez é alcançado.
Época da colheita
“Estamos no inverno, no dia colheita. O que a planta está fazendo? Ela está com muita folha, sol o dia todo, ela faz a fotossíntese. À noite, escureceu, ao invés de ela gastar energia produzindo mais folhagem, ela manda maturação para os cachos. Importância fundamental, percentual de sol nessa época da colheita”, afirma Orlov.
Para chegar ao ponto certo, os cachos passam seis meses recebendo 12 horas de luz por dia, fator crucial para o bom desenvolvimento da uva. Depois de colhidas, as uvas seguem para o processamento no dia seguinte.
“A videira é uma planta que adora sol. Para entregar bons frutos, ela precisa de algumas coisas e uma das coisas mais importantes é o sol. Aqui a gente tem quase 12 horas de exposição solar”, diz o vinicultor Maurício Orlov.