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Plantações em áreas baixas estão
mais vulneráveis ao frio, segundo superintendente da Cocapec.
A chegada de uma frente fria na tarde desta quinta-feira (4) preocupa produtores de café na região de Franca (SP).
Segundo meteorologistas, a temperatura pode cair para apenas 1 grau Célsius na região durante o final de semana e a sensação térmica pode ser negativa.
As fazendas na região sudeste do estado de São Paulo estão localizadas em área de risco de geada, de acordo com o superintendente da Cooperativa de Cafeicultores e Agropecuaristas (Cocapec) Ricardo Lima de Andrade.
Com a mudança climática, as plantas ficam suscetíveis ao frio intenso que pode causar a queima das folhas e, em casos mais severos, até a morte do vegetal. O prejuízo reflete nas futuras safras dos cafeicultores.
“É natural que estejam apreensivos, assim como nós. A geada causa intenso resfriamento, depende do ano. Dentro da mesma região você pode ter diferentes intensidades, o que vale muito é onde essa lavoura está localizada. As que estão em altitudes mais baixas ou próximo de cursos d´água estão mais vulneráveis ao efeito do frio”, explica Andrade.
As baixas temperaturas trazem aos produtores da região recordações de prejuízos.
Em 2016, o estrago causado pela geada nos cafezais custou mais de R$ 1 milhão de reais no bolso dos fazendeiros da Alta Mogiana. Em Franca, a temperatura chegou a zero grau.
Na mesma época, outras cidades como Jardinópolis (SP), Cajuru (SP) e Ibitiúva (SP) também sofreram com o clima frio.
Ao longo do ano, cafeicultores fazem trabalho preventivo para manter o cultivo das plantas.
De acordo com o superintendente da cooperativa, é necessário manter a condução do café, a nutrição ideal e os tratamentos sanitários adequados para a lavoura suportar as mudanças no tempo.
“Tem práticas de momento, como manter o solo limpo, permitindo que troque o calor nessas noites frias. Por último tem algumas práticas emergenciais, como produzir fumaça que possa abrandar o frio acumulado. O mais importante é alocar a lavoura em áreas de menos históricos de geada. Talvez a melhor prática seja a preventiva”, diz Ricardo.