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Caso a desoneração não prossiga para o próximo ano, serão colocados em risco mais de 30 mil empregos
Caso a desoneração não prossiga para o próximo ano, serão colocados em risco mais de 30 mil empregos
Dados elaborados pela Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados), com base nos índices fornecidos pelo IBGE, apontam que a produção de calçados, no primeiro trimestre, avançou 2% em relação ao primeiro trimestre de 2022.
O dado aponta para uma produção de 195 milhões de pares, ante 191,4 milhões no mesmo período do ano passado.
Apesar do dado positivo, o presidente-executivo da Abicalçados, Haroldo Ferreira, avalia que as perspectivas são de dificuldades nos próximos meses.
Segundo projeções da Inteligência de Mercado da Abicalçados, o setor pode registrar uma queda de 0,8% já no próximo trimestre, em relação ao primeiro.
“São muitas as incertezas, principalmente em âmbito internacional. Por isso, neste momento de ainda muita insegurança, se faz urgente a renovação da desoneração da folha de pagamentos, que está em análise no Congresso Nacional”, diz.
Ferreira ressalta que, caso a desoneração não prossiga para o próximo ano, serão colocados em risco mais de 30 mil empregos na atividade.
“Com a demanda internacional em declínio e as incertezas no mercado doméstico, especialmente diante do endividamento recorde das famílias brasileiras, precisamos, ao menos, manter os empregos. Onerar a manutenção e a possível criação de vagas é pouco inteligente neste momento”, avalia o dirigente
Ele essalta que a chamada de “reoneração” poderia agregar mais de R$ 550 milhões por ano em carga tributária extra para a indústria de calçados.
Atualmente, pelo mecanismo, o setor calçadista pode substituir a contribuição previdenciária de 20% sobre a folha de pagamentos por 1,5% da sua receita bruta.