É que, em caso de temperaturas muito baixas, há possibilidade de as folhas das plantas queimarem por conta de tanto frio e congelamento, prejudicando a colheita.
Na fazenda do engenheiro civil Fúlvio Elias Arantes, em Santo Antônio da Alegria (SP), a safra de café no ano passado foi perdida por conta das geadas de julho. O prejuízo foi de R$ 5 milhões.
Para este ano, os 200 mil pés de café ainda se recuperam do fenômeno de 2021 e um seguro foi feito como forma de não ter tantos prejuízos. Mesmo assim, ele afirma que é difícil proteger a plantação.
“Não tem como dormir porque não tem uma proteção. A única proteção que a gente tem é o seguro e Deus, porque não tem como proteger nada. Tem gente que faz umas fogueiras, mas em uma área desse tamanho é quase impossível. Não tem como cobrir o café. É só o seguro e proteção divina”.
‘Não tem o que fazer’
Gustavo Leonel produz cafés especiais em Franca. Ele tem acompanhado a previsão do tempo e não já prevê dificuldades com a lavoura.
“Isso é um motivo de muita preocupação para todos nós. Infelizmente não tem o que fazer. As áreas são grandes, não tem como a gente proteger todas as plantas. Infelizmente, como sempre falo, é uma indústria a céu aberto e isso certamente, se acontecer, trará muitos prejuízos”, disse em reportagem do portal G1 Ribeirão e Franca.
Previsão do tempo
A frente fria começa a avançar pela região neste final de semana. Em Franca, a Climatempo aponta que a mudança brusca se dará na terça-feira (17), quando a mínima será de 10ºC e a máxima de 21ºC.
Na quarta-feira (18), a previsão é de variação entre 2ºC e 14ºC. Na quinta-feira (19) e na sexta-feira (20), de acordo com a previsão, a mínima é de 1ºC e a máxima de 17ºC.