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Demanda por alimentos durante a pandemia de Covid, o estímulo às exportações e a redução da oferta interna tiveram influência nisso.
O arroz aumentou 37%, em julho deste ano em relação ao mesmo período do ano passado. Já o feijão avançou 18,46%, no mesmo período.
Pagar pelo prato feito do brasileiro está saindo “salgado”. Além da carne, que registrou aumento de 32% nos últimos doze meses, o preço do arroz e do feijão também aumentaram, de acordo com um levantamento feito pela Fundação Getúlio Vargas (FGV IBRE).
A mistura popular subiu quase o triplo da inflação em um ano.
O arroz aumentou 37%, em julho deste ano em relação ao mesmo período do ano passado. Já o feijão preto avançou 18,46%, no mesmo período.
O frango inteiro, uma alternativa à carne vermelha, também teve alta de 22,57% no período. No geral, a cesta do prato feito apresenta variação média de 22,57%.
Exportações
Segundo o pesquisador do FGV IBRE, Matheus Peçanha, a demanda por alimentos durante a pandemia de Covid-19, o estímulo às exportações e a redução da oferta interna tiveram influência nisso.
“O câmbio desfavorável leva ao crescimento das exportações, sobretudo dos cereais, como o arroz e o feijão e das carnes, favorecendo a redução da oferta interna e pressionando os preços”, explica.
As condições climáticas adversas também tiveram efeito na inflação dos itens. A seca e as geadas registradas nos últimos meses em várias regiões do país, influenciaram na produção e cultivo dos produtos.
As hortaliças e legumes, por exemplo, sofreram reajustes. A alface registrou um acumulado de quase 9,74%, e o tomate, de 37%.
A estiagem também impactou o preço das carnes, já que fez reduzir as pastagens do gado e encarecer a matéria-prima utilizada na produção de reação animal, como o milho e a soja.
Veja abaixo os itens que mais dispararam nos últimos meses:
Arroz: 37,5%
Feijão carioca: -5,44%
Feijão preto : 18,46%
Alface : 9,74%
Batata inglesa: -19,33%
Cebola: -39,82%
Tomate: 37,24%
Frango inteiro: 22,73%
Ovos: 13,5%
Carnes bovinas: 32,69%