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Em julho, o campo sofreu três fortes ondas de frio em uma intensidade que não era observada pelos especialistas desde 1994
Em julho, o campo sofreu três fortes ondas de frio em uma intensidade que não era observada pelos especialistas desde 1994
Matéria do G1 traz uma projeção sobre a situação do café, uma das culturas mais tradicionais e fortes de Franca e Região, nada animadora.
Em julho, o campo sofreu três fortes ondas de frio em uma intensidade que não era observada pelos especialistas desde 1994.
Entre as culturas mais atingidas, estão o café, a cana-de-açúcar, o milho e o feijão. Entre elas, o café e a cana com forte presença na Região.
De acordo com os especialistas entrevistados pelo G1, ainda é cedo para fazer um balanço total das perdas destes itens nas feiras, mas os preços já subiram no atacado e os produtores arcam com os prejuízos nas lavouras.
Além disso, as geadas, somadas a outros problemas climáticos enfrentados pelo agricultor nesta safra, foram suficientes para deixar negativas as previsões para os agricultores, inclusive os cafeicultores.
Café vai subir
O café está entre as culturas mais prejudicadas pelas geadas. Este tipo de plantio possui a chamada “bienalidade”, ou seja, naturalmente, em um ano a safra é mais fraca e, em outro, há uma compensação com a produção mais forte.
O que está plantado nas lavouras atualmente é exatamente essa safra de recuperação. Portanto, com as perdas, a expectativa dessa oferta maior pode não ser alcançada.
Outro problema das lavouras de café é que se trata de uma cultura permanente, explica Felipe Serigati, coordenador de mestrado em agronegócios da Fundação Getúlio Vargas.
Na prática, isso significa que, diferente de outras, nas quais basta plantar novamente, o cafezal que passa por um estresse fica “machucado” e demora mais para se recuperar, tendo queda na produtividade.
Por causa disso, a saca do grão teve um aumento de 100% na sua comercialização no atacado.
Mas esse número ainda não chegou às prateleiras do supermercado, já que o que está sendo vendido ainda é o estoque de outras safras.
Quando esses produtos forem renovados, o valor vai subir, conta o professor Fábio Ricardo Marin, da Escola Superior de Agricultura da USP.
E o consumidor, é claro, pode se preparar para pagar, além do que já paga normalmente, a conta pela geada.