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Pandemia agravou problemas de casais que já estavam se desentendendo
De acordo com uma pesquisa da empresa britânica Relate, uma em cada oito pessoas experimentou momentos críticos no relacionamento desde que teve início o período de isolamento social causado pela Covid-19.
Não à toa, a demanda por serviços jurídicos para resolver questões matrimoniais, como o temido divórcio, cresceu 42% no país nos últimos meses.
Especialistas acreditam que isso ocorre porque a crise desencadeada pelo novo coronavírus pode intensificar problemas de casais que já estavam se desentendendo anteriormente.
No entanto, admitem que é difícil distinguir quando uma relação realmente acabou de uma crise agravada pelo atual contexto.
Reflexão
Em entrevista ao The Sun, a conselheira de casais Annette Forster destaca que, antes de pensar em uma separação, é preciso ponderar que a relação pode estar passando por problemas alheios ao casal.
Além disso, as pessoas perderam suas válvulas de escape, como ir ao trabalho, curtir um bar com os amigos e exercitar-se ao ar livre.
“Durante o confinamento, muitos de nós lutamos contra pressões externas, desde questões financeiras até preocupações com parentes idosos ou vulneráveis”.
“Estamos tentando conciliar o trabalho com os cuidados com as crianças e tem havido um grande destaque no modo como as tarefas são compartilhadas em casa. Isso pode criar ressentimento se alguém achar que está fazendo a maior parte”, exemplificou Annette.
As tensões podem ser desencadeadas por uma série de fatores, das tarefas domésticas à falta de sexo, mas é a maneira como essas questões são tratadas que podem fazer o casamento ruir definitivamente.
Relacionamentos tóxicos são o fim
Apesar de toda pressão individual da pandemia, Annette destaca alguns sinais que podem mostrar que o casamento realmente chegou ao fim.
“O ponto de ruptura ocorre sempre que há abuso físico ou emocional. Existem alguns comportamentos que geralmente soam como um sinal de morte para casais em dificuldades”, afirmou.
O primeiro, de acordo com ela, é o excesso de críticas.
“Isso ocorre se uma das partes está constantemente criticando o outro, insultando-o e induzido-o a acreditar que ele está com problemas, quando na verdade é o contrário”, disse.
Acordo
Peter Saddington, também conselheiro matrimonial, levanta outros aspectos importantes, como “falar coisas realmente desagradáveis um ao outro ou se envolver em comportamentos prejudiciais, como consumo excessivo de álcool”, acrescentou.
Nesses casos, ele aconselha que os casais entrem em um acordo para viver harmoniosamente durante a quarentena.
“O bloqueio dificultou a saída das pessoas de casa. Temos trabalhado com casais, tentando ajudá-los a viver sob o mesmo teto até que chegue um momento em que possam se separar.”