Polícia investiga morte de mulher que passou mal em procedimento de papada

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 24 de outubro de 2019 às 13:22
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 19:57
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Francana Silmara Regina Rodrigues ficou internada em Rio Preto (SP) durante 11 dias, mas não resistiu.

​A Polícia Civil investiga a suspeita de imperícia médica na morte de uma gerente de vendas de 45 anos, durante os preparativos para um procedimento estético em um consultório odontológico em São José do Rio Preto (SP). 

O inquérito foi aberto na manhã de quarta-feira (23).

Silmara Regina Rodrigues deu entrada no Hospital de Base de Rio Preto no dia 8 com quadro clínico grave depois de passar pelo consultório.

A gerente de vendas passaria por um procedimento para retirada do excesso de gordura sob o queixo, conhecida como “lipopapada”. 

A dentista que seria a responsável pela cirurgia é sobrinha de Silmara.

Em nota à TV TEM, o Hospital de Base afirmou que não havia indícios de que tinha sido feito algum procedimento cirúrgico na paciente.

A reportagem conversou por telefone com o pai, que confirmou que a cirurgia não chegou a ser feita. 

Segundo ele, a paciente passou mal logo após a anestesia e foi socorrida pela filha.

Massagem cardíaca

De acordo com o relato da família da vítima, ela, o marido e os filhos saíram de Franca (SP) no dia 8 de outubro e foram para Rio Preto (SP), onde seria feito o procedimento. 

O marido deixou a esposa no consultório da sobrinha, mas meia hora depois ele foi avisado que Silmara estava passando mal.

O Samu foi chamado, mas antes da equipe chegar os familiares colocaram a paciente no carro para ir a um hospital. 

No meio do caminho a situação dela piorou e eles pararam para pedir ajuda em uma clínica na Avenida Alberto Andaló.

Um médico dessa clínica chegou a fazer massagem cardíaca até os bombeiros chegarem. 

Depois que os bombeiros chegaram, eles conseguiram reanimá-la e levaram-na para o Hospital de Base, onde Silmara ficou até o sábado (19), quando acabou morrendo.

A polícia vai analisar as câmeras de segurança da clínica e da vizinhança e vai ouvir os familiares. A investigação vai avaliar se a conduta da dentista foi adequada.

Em nota, o Conselho Regional de Odontologia disse que esse procedimento pode ser feito normalmente por dentistas, mas o profissional precisa ter especialização.

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