Placa Mercosul é até 52% mais cara que o sugerido pelo Detran

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 19 de outubro de 2020 às 15:08
  • Modificado em 29 de outubro de 2020 às 20:32
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As novas placas são obrigatórias nas em algumas situações:segundo diz o DENATRAN

A implantação da nova PIV (Placas de Identificação Veicular) no padrão Mercosul, a chamada Placa Mercosul, é um impasse antigo. Foi pela primeira vez tratada ente os países fundadores do bloco (Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai) em 1994, mas começou a sair do papel em meados da década de 2010. No Brasil, ‘emplacou’ somente em janeiro deste ano, com diversas ressalvas (não é obrigatória, com exceções) e, diferente do procedimento de venda e emplacamento do modelo cinza, a Placa Mercosul é fabricada por distintas empresas, amparadas pela sistema de livre concorrência.

O preço para ter a nova placa Mercosul, então, é flutuante. O Detran SP (Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo) recomenda um preço máximo de R$ R$ 138,24, no entanto, em Piracicaba o valor é de até 52% mais caro.

O Jornal de Piracicaba pesquisou o valor do emplacamento nas sete empresas credenciadas como estampadoras de placas PIV (padrão Mercosul). O valor, para carro, ônibus ou caminhões varia de R$ 160 a R$ 210, montante que o cidadão deve arcar apenas para comprar e instalar as placas dianteira e traseira. Já para moto, o valor varia entre R$ 110 a 120.

As novas placas são obrigatórias nas seguintes situações: primeiro emplacamento, alteração de categoria (exemplo: alteração de veículo particular para categoria aluguel), mudança de município ou de estado, ocorrências de furto, roubo, extravio ou dano e segunda placa traseira.

O processo implica em fazer uma nova documentação, que pode ser feita por conta, no Poupatempo da Praça José Bonifácio, ou por meio de um despachante.

A troca da placa cinza para o padrão Mercosul também é permitida de maneira voluntária, por isso, veículos emplacados no padrão cinza poderão continuar a circular até o seu sucateamento sem necessidade de substituição, caso não se enquadrem nas circunstâncias acima.

Raul Dias Pacheco, proprietário da Placas Veiculares Pira, explica que antes da pessoa se dirigir a alguma empresa de emplacamento, é preciso tirar o CRV (Certificado de Registro de Veículo) junto ao Detran (pelo Poupatempo ou despachante), em que o cidadão terá um custo de aproximadamente R$ 280.

“É neste processo que será regado uma nova documentação, autorizando o veículo a ter a placa padrão Mercosul, com um QR code e com os caracteres alfanuméricos”. Como ressalta Pacheco, não se pode escolher os caracteres, será gerado automaticamente pelo Detran, e o QR Code substitui o lacre.

Com a flexibilização da pandemia, a instalação das placas do Mercosul já acontecem no espaço das empresas credenciadas pelo Detran SP.


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