Pets PCD: como adaptar a casa para animais com deficiência? Aprenda agora!

  • Rosana Ribeiro
  • Publicado em 14 de dezembro de 2024 às 08:30
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Cachorros ou gatos com deficiências físicas requerem maior atenção, além de adaptações na residência para garantir segurança

Ter um pet com algum tipo de deficiência requer algumas adaptações – foto Shutterstock

 

Antes de adquirir um pet, geralmente, a única preocupação com a casa é ter tigelas, cama e brinquedos.

Porém, isso muda totalmente ao adotar um animal com deficiência, já que é necessário adaptar desde escadas até a superfície do piso, a fim de auxiliá-lo com uma vida mais tranquila e evitar possíveis acidentes.

Quais são as necessidades de um pet PCD?

Os nossos amigos peludos podem adquirir algumas deficiências ao longo da vida ou, inclusive, já nascer com elas.

Para além de amor e apoio, isso representa uma grande responsabilidade e, inevitavelmente, uma adaptação na rotina e maneira que organizamos a casa. Mas essas necessidades estão longe de serem “impossíveis”.

“Para pets com deficiência de mobilidade, a indicação principal é evitar pisos escorregadios e escadas, que podem levar o animal a se machucar”, explica Mariana Agulló Pimenta, veterinária graduada pela Universidade Anhembi Morumbi.

A especialista ainda acrescenta que para pets com mobilidade reduzida, móveis com pontas e quinas também podem representar um risco potencial, além de fios e objetos soltos pelo chão.

Já para animais com deficiências visuais, é importante entender que não se assemelha à realidade vivida por humanos.

“Os pets se adaptam muito bem a tal comorbidade. Porém, é de extrema importância criar e manter um padrão no lar, já que dependem muito da memória e do olfato”, pontua a veterinária.

Assim, a falta de padrão pode levar a confusão, desorientação e possíveis acidentes.

Veja abaixo seis dicas para garantir que o lar seja seguro para pets com deficiências!

1. Elimine situações de queda

De modo geral, é importante considerar a nova realidade do pet, seja visual, auditiva, seja motora.

A arquiteta Júlia Guadix, do Studio Guadix, recomenda começar por eliminar possíveis situações de queda ou de contato: “Em ambientes internos, instale redes de proteção em janelas e varandas, além de portões em escadas e guarda-corpos vazados, especialmente em escadas internas, onde o animal possa tentar passar”.

Ainda, a veterinária indica espalhar tapetes antiderrapantes, pisos de borracha ou EVA em revestimentos que possam ser escorregadios para o animal.

Já se você quer evitar acrescentar tapetes e deseja incorporar uma superfície adequada à nova realidade do cão ou gato, Júlia indica a instalação de pisos com acabamento acetinado ou polido, assim como texturas mais ásperas.

“Para lidar com escadas e pisos escorregadios, há algumas soluções práticas. Existe um produto antiderrapante em líquido que, após aplicado, cria uma película áspera sobre o piso, ajudando a reduzir o risco de escorregões”, sugere a arquiteta.

Porém, ela ainda recomenda testar em uma área isolada antes de aplicar na casa inteira, avaliando se faz sentido para as dificuldades do animal.

2. Adapte as escadas

Como pontuado pela veterinária, as escadas representam um grande risco para pets com mobilidade reduzida, sendo necessário realizar algumas mudanças para que os animais de estimação possam percorrer a casa sem perigo.

“Neste caso, as rampas são as mais indicadas para animais com deficiência. A inclinação precisa ser suave e facilitar a subida e descida do animal, além de ser ideal que, na superfície da rampa, seja colocado um material antiderrapante”, indica a profissional de medicina veterinária.

3. Ajude com móveis na altura

Os nossos pets são companheiros fiéis, e não podemos negar que, por vezes, eles nos fazem companhia no sofá e na cama. Porém, para pets com deficiências, pular nos móveis pode ser uma tarefa perigosa ou, inclusive, impossível.

Para isso, a arquiteta do Studio Guadix indica rampas ou escadas personalizadas de marcenaria ou estofado para móveis altos, evitando, assim, possíveis quedas ou frustrações por parte do bicho.

Ainda, evite móveis com quinas ou superfícies com pontas que possam machucar ou, também, incorpore protetores de quina.

Já quando se trata dos móveis próprios para o pet, como a cama, a veterinária recomenda o uso de do tipo almofada ou com superfícies baixas, que facilitam o acesso do animal de estimação.

4. Ajuste a área de comida

A área da comida também requer de atenção para pets com deficiência. “É possível encontrar comedouros ajustáveis que podem se regulados para a altura ideal do pet, assim evitando a tensão excessiva no pescoço ou na coluna”, indica a veterinária.

Ainda, plataformas antiaderentes podem ser posicionadas abaixo do comedouro, assim evitando que o pet escorregue durante a refeição.

5. Cuidado com áreas abertas

“É fundamental criar uma área segura e cercada para o pet, separando-o de espaços como a garagem, o portão da rua, a piscina e os jardins com plantas tóxicas”.

“Desta forma, o pet não tem acesso direto a áreas de risco”, coloca a arquiteta. Ainda, a arquiteta destaca que os mesmo cuidados tidos na parte interna do lar, devem ser colocados em prática na área externa

6. Crie um padrão

Em casos de deficiências visuais, os animais se baseiam no padrão conhecido. Portanto, evite alterar a dinâmica já conhecida pelo pet, o que vale para a locação de móveis, áreas de alimentação e, inclusive, locais designados para o banheiro.

Em casos de gatos, por exemplo, Mariana recomenda caixas de areia com bordas baixas, que devem ser mantidas no mesmo lugar.

Para além de garantir que não gere confusões, a arquiteta destaca que o animal cria um mapeamento do ambiente, facilitando sua movimentação e reduzindo o risco de acidentes.

Ainda, segundo a cartilha do Instituto Cão com Rodinhas, em parceria com a Petlove, outra maneira de assegurar que o pet está bem, inclusive quando estiver fora de casa, é com a instalação de uma câmera de monitoramento simples de Wi-Fi.

*Informações Casa e Jardim


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