Pesquisadores tentam salvar da extinção superfrutas brasileiras

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 12 de novembro de 2017 às 16:06
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:26
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Espécies têm alto poder antioxidante e chegam a ser comparadas com remédios anti-inflamatórios

Pesquisas feitas em parceria pela Unicamp e pela USP, determinaram que cinco espécies nativas do Brasil são ricas em antioxidantes e têm alta eficiência anti-inflamatória no organismo – comparável à de estrelas do mercado de alimentos saudáveis, como o açaí e as frutas vermelhas tradicionais (morango, mirtilo, amora e framboesa).

Para conseguir estudar algumas espécies, os pesquisadores vão recorrer à ajuda de “colecionadores” de frutas do interior de São Paulo, pois a maior parte delas é desconhecida e por serem pouco consumidas, correm o risco de extinção.

Na região de Monte Alegre, SP, o “frutólogo” Helton Josué Muniz cultiva quase 1,4 mil espécies diferentes de frutas raras e exóticas em sua fazenda.

Em todo o mundo, o mercado dos considerados superalimentos é o que mais cresce a cada ano e pesquisadores mundiais se surpreendem com a quantidade de espécies encontradas no Brasil a todo momento.

O araçá-piranga (E. leitonii), a cereja-do-rio-grande (E. involucrata), a grumixama (E. brasiliensis), o ubajaí (E. myrcianthes) e o bacupari-mirim (Garcinia brasiliensis) são as superfrutas da vez e são encontradas na região amazônica, além do interior de São Paulo, cultivadas de forma particular.

Uma análise das folhas, das sementes e dos frutos destas cinco espécies – que ocorrem em toda a Mata Atlântica, mas têm sido mais encontradas no Sudeste e no Sul – mostrou que elas podem ser consideradas “alimentos funcionais”, também conhecidos como superalimentos.

Além de altos teores de substâncias antioxidantes, elas também possuem ação anti-inflamatória no organismo.


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