Pensando em ter filhos? Então é melhor evitar consumo de refrigerantes!

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 29 de julho de 2018 às 19:53
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:54
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Estudo indica que tomar essa bebida todo o dia traz dificuldades extras para casal que planeja gravidez

Não é de hoje que a ciência insinua um elo entre
ingestão frequente de refrigerantes e problemas de fertilidade. E tem evidência
nova na área.

A professora de epidemiologia Elizabeth Hatch, da
Universidade de Boston, nos Estados Unidos, avaliou hábitos de 3.828 mulheres
de 21 a 45 anos e 1.045 homens e concluiu: tomar uma lata todo dia reduziu, em
média, 20% a chance de gravidez. “Uma das principais teorias é que a bebida
contribui para a resistência à insulina, o que aumenta a inflamação no corpo”,
esclarece. “E isso tem impacto negativo na fertilidade.” O médico Maurício
Chehin, nota que o enrosco parece estar no açúcar mesmo, já que o refrigerante
diet não foi ligado a obstáculos.

Em sua defesa, a Associação Brasileira
das Indústrias de Refrigerantes e Bebidas Não Alcoólicas (Abir) diz que
a pesquisa é baseada em questionário alimentar – portanto, não mostra
relação de causa e efeito.

Segundo Elizabeth, porém, esse tipo de
investigação é a que, dentro do possível, melhor fornece evidências sobre a
ligação de um comportamento alimentar com o risco de um problema.

O outro lado da história

“Não há nenhuma evidência científica séria e válida que relacione o consumo de refrigerantes com menores chances de gravidez. Estudos baseados em questionários de frequência alimentar, como os realizados pela Boston University School of Public, são excelentes para recolher informações sobre padrões alimentares ao longo dos anos. Porém, nunca para estabelecer causa e efeito, nunca para atestar que determinado alimento provoca determinada doença. Os próprios pesquisadores sabem disso.

Estabelecer vínculo entre o consumo de refrigerantes e qualquer doença causa um pânico desnecessário, sem qualquer comprovação científica. Esses produtos são atestados pelo CODEX Alimentarius*  pelas autoridades norte americana (FDA) e europeia (EFSA). No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) atesta a segurança dos refrigerantes comercializados no país.

A Associação Brasileira das Indústrias de Refrigerantes e de Bebidas não Alcoólicas (ABIR) entende que estudos científicos são extremamente importantes para derrubar boatos. Por isso, devem ser interpretados exatamente sobre o que representam, sob o risco de criar uma insegurança na população.

As empresas brasileiras de refrigerantes apoiam e encorajam estilos de vida balanceados por meio do oferecimento de diferentes opções de escolhas à população. Todos os produtos produzidos pela indústria brasileira de bebidas não alcoólicas têm sua qualidade e segurança atestados para consumo.


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