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Em Franca, a redução do número de trabalhadores na indústria calçadista é um claro exemplo da situação
O mercado de trabalho tem sido o grande prejudicado com a pandemia de covid-19 que começa a entrar no sexto mês, sem perspectivas de uma normalização em curto prazo. Desde março as demissões têm sido intensificadas, o que acabou por provocar números negativos em todo o País.
Em Franca, a redução do número de trabalhadores na indústria calçadista é um claro exemplo da situação. Por aqui, há seis anos o número de trabalhadores na indústria de sapatos vem caindo e piorou nos últimos meses: com menos de 11 mil sapateiros, o setor apresenta o menor nível de trabalhadores da história recente.
A questão se torna ainda mais graves quando se sabe que os setores de comércio e serviços também apresentam reduções consideráveis nos postos de trabalho. E a situação não está difícil apenas por aqui,
Pelo menos 800 mil pessoas perderam o emprego no estado de São Paulo durante a pandemia do coronavírus, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Para se ter uma ideia,o número representa mais do que duas vezes o número de habitantes de Franca (estimada em 350 mil pelo IBGE).
De acordo com os dados do mercado de trabalho do IBGE, em maio o estado de São Paulo tinha 2,5 milhões de desempregados. Esse número subiu para 3,3 milhões em julho.
Em compensação, os números mostram que, em maio, 3,5 milhões de trabalhadores estavam afastados do emprego, para manter o distanciamento social. Esse número caiu para um 1,3 milhão no mês de julho, ou seja, duas em cada três das pessoas que estavam afastadas voltaram ao emprego que tinham antes da pandemia.
Entre aqueles que puderam continuar trabalhando de casa, de forma remota, a variação foi pequena. Caiu de 3,3 milhões de trabalhadores em maio para 2,9 milhões em julho, segundo o IBGE