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Trabalho é o seu 17º álbum solo de estúdio , com 16 faixas, com canções de abertura e encerramento
Paul McCartney, no auge de seus 76 anos, se prepara para lançar, no próximo dia 7 de setembro, o seu 17º álbum solo de estúdio – isso sem contar a discografia com os Beatles, é claro, e com o grupo que ele fundou depois da saída do quarteto, os Wings. Egypt Station foi entregue a alguns jornalistas do mundo todo e, a partir desta quinta-feira (23/8), é permitido revelar o conteúdo desse novo trabalho de Paul.
E Egypt Station, com suas 16 faixas, com canções de abertura e encerramento e até uma faixa que se passa no Brasil (!!!), é um retrato de dois Pauls em um. É o Paul McCartney próximo dos seus 80 anos, homem que percorre o mundo atento às histórias que ouve em cada lugar do planeta. Também é, como é possível perceber na faixa de encerramento, chamada Hunt You Down (Naked) também é experimental, roqueiro, intenso, cheio de camadas.
Cinco anos separam Egypt Station de New, o mais recente álbum de estúdio lançado por Paul. O trabalho anterior era enérgico, quase fluorescente, e realizado com o auxílio de quatro dos mais importantes produtores da época, quando o assunto era música pop: Mark Ronson, Ethan Johns, Paul Epworth e Giles Martin. Egypt Station parece ser mais certeiro. Paul contou com Greg Kurstin como produtor em 15 das músicas. A única exceção é Fuh You, a música mais “Paul jovem” desse novo disco, realizada com o auxílio de Ryan Tedder, que já trabalhou com nomes como U2, mas que tem feito sucesso com sua quase boy band punk chamada OneRepublic.
Últimos tempos
Nos últimos cinco anos, desde o lançamento do álbum anterior, New, Paul McCartney rodou o mundo como quis e pôde. Fez 158 shows, principalmente pelos Estados Unidos, América Latin, Ásia e Oceania – curiosamente, a Europa não recebe tanta atenção do ex-Beatle nessa nova fase da vida. Na carreira solo, Paul vive sua fase mais viajada. Um homem/artista claramente abastecido pelos palcos. Mais do que pelos estúdios.
Agora, ao lançar um novo disco, Egypt Station, o Paul McCartney escancara a realidade: sim, suas andanças foram inspiradoras. Como ele disse, em um comunicado disparado à imprensa meses atrás para anunciar a chegada do 17º disco da carreira solo dele, a ideia conceitual do álbum era partir dessa estação de trem. E, estação por estação, rodar o mundo com Macca, descobrir suas impressões e, principalmente, descobertas sonoras e estéticas.