Passaredo comunica que tomará providências legais contra a Azul Linhas Aéreas

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  • Publicado em 29 de agosto de 2019 às 11:45
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 19:46
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Problema seria em decorrência do assédio da Azul junto ao corpo de pilotos e co-pilotos da Passaredo

A Passaredo Linhas Aéreas, companhia regional que anunciou na última semana a aquisição da também empresa regional MAP Linhas Aéreas, afirma na segunda-feira, dia 26 de agosto, que irá tomar medidas jurídicas junto ao CADE (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) e à Justiça comum diante do assédio que a Azul Linhas Aéreas vem fazendo perante todos o seu corpo técnico de pilotos e co-pilotos. Segundo a direção da Passaredo, o departamento de recursos humanos da Azul tem entrado em contato sistematicamente com todos os pilotos da Passaredo/MAP, oferecendo vagas de ingresso imediato como pilotos de aeronaves a jato, visando prejudicar a empresa no momento em que está estruturando suas novas operações de Congonhas.

“Existem centenas de excelentes pilotos com experiência em jatos no mercado, inclusive oriundos da operação da Avianca. A Passaredo recebeu esses currículos recentemente durante a seleção de pilotos que vem realizando. Se a Azul tivesse interesse exclusivo em contratar mão de obra, seria natural aproveitar esses profissionais já experientes no equipamento a jato. Contudo, o que a Azul quer é aliciar a mão de obra da Passaredo para prejudicar a estruturação das operações em Congonhas”, diz Eduardo Busch, CEO da Passaredo.

“Durante o processo de distribuição dos slots de Congonhas, foi pública e notória a pressão política e institucional que a Azul fez perante a ANAC e o DECEA. Forçaram uma barra enorme tentando impedir o acesso da Passaredo e da MAP ao   aeroporto, até o último momento. Agora, uma vez que não tiveram sucesso na pressão política, querem prejudicar a Passaredo tentando sabotar as operações da empresa”, complementou o executivo.

Segundo a Passaredo, mais de 80% dos pilotos da empresa foram contatados por representantes da Azul nos últimos 3 dias. “Ainda bem que temos um time comprometido com nosso projeto. Voar na Passaredo é fazer parte de uma família, é mais do que trabalho. Estamos muito felizes de ver o caráter de nossos tripulantes, que estão indignados com a falta de ética da Azul”, ressalta Busch.

A reclamação da Passaredo perante o CADE e à Justiça se baseia na prática de concorrência desleal, nos termos do art. 195 da Lei de Propriedade Intelectual, ou como infração à ordem econômica, nos termos do art. 36 da Lei 12529. Basicamente, o assédio aos pilotos, se exitoso, impedirá a Passaredo de competir de maneira agressiva, e isso desequilibra o mercado.


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