Parece estória de pescaria:​Pacu caranha é fisgado sem castor no rio Grande

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 22 de maio de 2020 às 16:52
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 20:45
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Em isolamento no seu rancho, promotor de Justiça aposentado disse que “troféu” trouxe uma grande alegria

Não é estória de pescador, mas o promotor de Justiça aposentado, Fernando de Andrade Martins, viveu momentos de grande alegria nesta sexta-feira (22) em seu rancho, região de Sacramento (Minas Gerais). 

Em isolamento social, ele conseguiu fisgar, sem estar o anzol encastoado, um Pacu Caranha. O bichão pesou nada menos do que 15 quilos.

A destreza do pescador Fernando chamou atenção, seja por ser um peixe muito grande e o equipamento leve, seja por ser originário de piscicultura,  pois não há mais reprodução desses peixes no reservatório. 

O exemplar foi exibido por Fernando Martins, que contou a proeza ao Jornal da Franca depois de procurado pela reportagem, que recebeu o vídeo de outra pessoa.. 

Ele pediu para esclarecer que não existe reprodução natural da imensa maioria das espécies nativas nos reservatórios do Rio Grande, salvo naqueles onde existem afluentes de grande extensão (cerca de 300 km) de águas correntes. 

Então, dourados, piracanjubas, pacus caranha, piaparas, essas e outras nobres espécies nativas, são todas de repovoamento, originárias de piscicultura. Ou seja, não há piracema nesses locais.

Ele chamou a atenção quanto às instruções normativas da pesca, que “podem estar equivocadas”. 

Por exemplo, há cotas de captura, mas qual dano ambiental haveria para justificar autuação de quem abata 20 kg ou mais de tilápias ou bagres africanos ou carpas, que são invasores exóticos (de outros países). Assim como outros invasores alóctones (nativos do mesmo País, mas de outras bacias hidrográficas) como tucunarés, tambaquis, apaiaris, pirarucus, trairões  etc?”. 

Antes de ser um promotor de Justiça, Fernando é um cidadão e que gosta de pesca, além de amar animais. Não há peixes proibidos, salvo Dourado e Piracanjubas, na Bacia do Prata.

O que existe são cotas, absurdamente, inclusive para os prejudiciais invasores, que são a terceira causa cientificamente comprovada de danos ambientais. 

É claro que em primeiríssimo lugar encontram-se as barragens, que são obrigadas, como condição de licenciamento, ao repovoamento com nativos de laboratório, de piscicultura.

DESTREZA

No vídeo encaminhado ao Jornal da Franca, Fernando Martins revelou que estava  na região conhecida como “Porto Velho”, onde o pescador Everaldo testemunhou a captura. 

Ele usou uma varinha, confeccionada por Brás Pozatti (1988), em Guaíra, e utilizou uma carretilha Shimano, além de chumbada de 6 gramas e anzol Gamakatsu 4, líder de fluocarbono de 18 lbs. 

Para a captura, houve a paciência e um tempo de quase meio hora . Desta forma, ele contempla esse momento importante de isolamento e que pode ser presenteado pelo exemplar no rio Grande.


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