Parcela de brasileiros que praticam exercícios físicos aumenta 24%

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 25 de dezembro de 2018 às 16:26
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 19:16
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Estudo também mostra o aumento na procura pelas modalidades de luta como karatê, judô e kung fu

Se você tem a
sensação de que, ao transitar pelas ruas e academias, avista, cada vez mais, um
número maior de pessoas praticando corrida, saiba que sua percepção tem
fundamento.

Segundo a Pesquisa
de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças crônicas por
Inquérito Telefônico (Vigitel) 2017, elaborada pelo Ministério da Saúde, a
quantidade de atletas corredores aumentou 194% no país, entre os anos de 2006 e
2017.

No mesmo período, o estudo, divulgado esta semana, também revela
uma maior procura pelas modalidades de luta, incluindo artes marciais, como o
judô, o karatê e o kung fu.
Nesse caso, o aumento foi 109%.

Ao mesmo tempo, o futebol vem perdendo espaço nas capitais
brasileiras. Durante o intervalo analisado, o total de praticantes da categoria
desportiva caiu quase pela metade (43,5%).

De acordo com a pasta, a caminhada é o exercício físico mais
comum, sendo praticado por 33,6% da população. Na sequência, aparecem a
musculação (17,7%), o futebol (11,7%) e as lutas e artes marciais (2,3%).

Além disso, estima-se que 37% da população das capitais
brasileiras façam, ao menos, 150 minutos de atividade física por semana, mínimo
recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Fragmentada nos sete dias
da semana, a duração é de, aproximadamente, 22 minutos diários. O índice é
motivo de comemoração, já que cresceu 24,1%, de 2006 até o ano passado.

No Vigitel, o nível de atividade física dos adultos pode ser
avaliado em quatro domínios: no tempo livre (lazer), na atividade ocupacional,
no deslocamento e no âmbito das atividades domésticas. São considerados ativos
os adultos que praticam atividades físicas por pelo menos 150 minutos de
exercícios de intensidade moderada por semana ou pelo menos 75 minutos semanais
de atividade física de intensidade vigorosa. 

Caminhada, caminhada em esteira,
musculação, hidroginástica, ginástica em geral, natação, artes marciais e luta,
ciclismo e voleibol/futevôlei e dança foram classificados como práticas de
intensidade moderada. Já corrida, corrida em esteira, ginástica aeróbica,
futebol/futsal, basquetebol e tênis compõem o grupo de práticas de intensidade
vigorosa.

Perfil

Os pesquisadores destacam ainda uma predominância do hábito
entre homens (43,4%) e pessoas nas faixas etárias de 18 a 24 anos (49,1%) e 25
a 34 anos (44,2%). Outra relação evidenciada pelo ministério é o grau de
escolaridade dos desportistas, considerando que 47% dos brasileiros que
praticam atividade física já têm completos 12 anos ou mais de educação formal.

As capitais brasileiras onde menos se pratica atividade física,
conforme a pesquisa, são São Paulo (29,9%), João Pessoa (34,45) e Recife
(35,2%). Brasília – considerada na pesquisa como Distrito Federal, por englobar
as cidades vizinhas – (49,6%), Palmas (45,9%) e Macapá (45,5%), por outro lado,
apresentam os melhores índices.


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