Papa emérito Bento XVI morre aos 95 anos: a igreja católica está de luto

  • Teo Barbosa
  • Publicado em 31 de dezembro de 2022 às 12:00
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O Vaticano havia divulgado na sexta-feira (30) um comunicado de que sua condição era grave, mas estável, com atenção médica constante

Bento XVI celebra missa ao ar livre em Aparecida, no dia 13 de maio de 2007 (Foto: Osservatore Romano/Arturo Mari/Pool/AFP/Arquivo)

O Papa Emérito Bento XVI morreu neste sábado (31), aos 95 anos, após passar por uma piora repentina de saúde nos últimos dias. O velório está marcado para começar na segunda-feira (02) na Basílica de São Pedro, sendo que o funeral será na quinta-feira (5) na Praça de São Pedro, presidido pelo Papa Francisco, segundo o Vaticano.

“É com pesar que informo que o Papa Emérito Bento XVI faleceu hoje às 9h34 [5h34 no horário de Brasília] no Mosteiro Mater Ecclesiae no Vaticano”, escreveu o perfil de notícias do Vaticano no Twitter.

Tão logo recebeu a notícia nesta madrugada, o monsenhor José Geraldo Segantin enviou para todos os fieis que frequentam o Santuário de Santo Antônio, na Cidade Nova.

Segundo o portal G1 (veja aqui), a saúde de Joseph Ratzinger vinha se debilitando nos últimos anos. O Vaticano havia dito nesta sexta-feira (30) em um comunicado sua condição era grave, mas estável, com atenção médica constante. Desde a renúncia, em 10 de fevereiro de 2013, o teólogo alemão vivia em um pequeno mosteiro no Vaticano.

Infância e adolescência

Joseph Aloisius Ratzinger nasceu em Marktl am Inn, município do estado da Baviera, na Alemanha, e cresceu durante o período em que o regime nazista ganhou força na região.

Seus primeiros anos de vida, até a adolescência, foram passados em Traunstein, perto da fronteira com a Áustria. Foi na região que o futuro papa começou sua formação cristã e cultural.

Foi ordenado padre em 1951 e bispo em 1977. No mesmo ano, o Papa Paulo VI o nomeou cardeal. Nunca deixou de escrever e dominava seis idiomas: alemão, italiano, francês, latim, inglês e castelhano, além de ter conhecimentos de português.

Chegou a ser arcebispo de Munique, na Alemanha, e de 1981 a 2005 ocupou o cargo de Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, tornando-se braço direito do Papa João Paulo II, no comando das questões morais. O objetivo desse escritório vaticano é justamente prezar pela manutenção das tradições e pela conservação das doutrinas católicas.

Sua proximidade com o Papa fez com que Ratzinger se tornasse o favorito no conclave que o elegeu, em 2005. Muitos diziam que o seu papado seria de transição. No conclave, foram necessárias quatro votações para que um único nome recebesse mais de dois terços dos votos.


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