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A sensação de estar próximo de quem se gosta aliada ao toque estimula a liberação de ocitocina
Sentir sono perto do ser amado não é algo ruim, acredite! Foto Freepik
Basta ver o mozão para você ficar com sono? Saiba que isso não é um sinal de que a relação está ruim, mas de que você realmente se sente bem com o parceiro ou parceira.
A sensação de segurança de estar próximo de quem se gosta aliada ao toque estimula a liberação de ocitocina, substância conhecida como hormônio do amor.
A ocitocina tranquiliza, afasta o estresse e induz a um estado de sonolência.
“Além de estimular o sono, ela também melhora a qualidade do descanso, pois ele ocorre com menos interrupções”, explica a neurologista Márcia Assis, vice-presidente da Associação Brasileira do Sono (ABS).
E nem é necessário dormir de conchinha que, convenhamos, é uma posição bastante polêmica mesmo entre os seres apaixonados.
Segundo estudos científicos, dormir na mesma cama com alguém que se ama já é o suficiente para obter efeitos positivos na qualidade do sono.
Ocitocina combinada com dopamina
A ocitocina, também chamada oxitocina, é produzida no cérebro por neurônios do hipotálamo e é liberada na corrente sanguínea.
A função principal da substância é alimentar os vínculos sociais e, por isso, um dos seus principais estímulos é o contato pele contra pele.
Esse hormônio também é relacionado ao “apaixonamento”, sendo responsável por gerar aquela sensação de euforia comum quando se encontra alguém com potencial.
“Sabemos o papel que a ocitocina desempenha no amor romântico, porque observamos ondas dela circulando no corpo quando as pessoas estão interagindo com entes queridos”, explicou o psicólogo Phil Kavanagh, que analisou como o corpo reage ao amor em um estudo divulgado em janeiro de 2024.
O especialista destacou, entretanto, que para o encantamento alcançar o patamar de relacionamento é necessária a ação de outro hormônio: a dopamina.
A presença de ocitocina induz o cérebro a liberar a dopamina, um neurotransmissor também associado à felicidade e ao prazer.
A dopamina estimula conexões no cérebro associadas à memória, à satisfação e à motivação. Ela é responsável por solidificar nos circuitos cerebrais o prazer de estar com quem se ama.
Outros efeitos da ocitocina no corpo
Além de abrir as portas do organismo para a paixão, a ocitocina é responsável por provocar os sentimentos positivos nas pessoas, especialmente nas mulheres.
A ocitocina está muito mais presente no corpo feminino, tendo picos de produção na gestação, amamentação e parto. Ela é apontada como um mecanismo natural para reforçar o vínculo afetivo entre a mãe o bebê.
A substância, porém, também é extremamente funcional no organismo masculino. Como está associada à tranquilidade e aos relacionamentos, ela regula os níveis de testosterona, diminuindo a impulsividade e a agressividade.
Por fim, por ser um hormônio das relações sociais, há estudos que sugerem que, ao estarmos sob a influência de altos níveis desta substância, nos tornamos mais gentis e altruístas.
*Informações Metrópoles