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Ao mesmo tempo em que são milhares de desempregados, as empresas têm dificuldade para contratar pessoal com qualificação técnica
O trabalho do futuro será cada vez mais tecnológico, exigindo formação e treinamento dos trabalhadores
O Brasil tem um exército de 15 milhões de desempregados. Não parece fazer sentido que as empresas tenham dificuldade para contratar funcionários.
A realidade, entretanto, é um pouco diferente no dia a dia dos processos seletivos.
Segundo o portal 6 Minutos, companhias de diversos segmentos reclamam de dificuldades para preencher determinadas vagas, principalmente as que exigem conhecimento técnico e especialização digital associados a habilidades comportamentais.
“O mercado de trabalho é um organismo vivo e reflete a sociedade”, afirma Ricardo Basaglia, diretor-geral do PageGroup.
Ele diz que à medida que a sociedade se transforma com a digitalização, as empresas precisam se adaptar para oferecer novos produtos e serviços para se manter competitivas.
“Isso gera essa dicotomia: temos milhares de desempregados e dificuldade para contratar pessoal com qualificação técnica”, finaliza
O estudo Profissões Emergentes da Era Digital identificou que o país pode ter déficit de quase 700 mil profissionais no prazo de 10 anos em quatro áreas: tecnologia, indústria de transformação, agricultura e saúde.
Em comum, todas exigem que os funcionários tenham domínio de ferramentas digitais (veja quadro abaixo).
Carreira |
Oferta |
Demanda em 10 anos |
Programador |
161.900 |
203.600 |
Cientista de dados |
47.700 |
74.000 |
Analista de segurança cibernética |
15.200 |
83.000 |
Expert em digitalização industrial |
4.000 |
7.200 |
Operador digital |
280.000 |
583.000 |
Profissional de manufatura aditiva |
2.700 |
11.000 |
Técnico em agricultura |
40.200 |
11.2000 |
Técnico em agronegócio digital |
4.700 |
29.000 |
Engenheiro agrônomo |
22.400 |
75000 |
Engenheiro hospitalar |
1.900 |
3.500 |
Técnico de assistência médica hospitalar |
10.000 |
31.000 |
Engenheiro de dados da saúde |
1.200 |
6.000 |
Esse déficit de mão-de-obra já existe hoje.
“Olhamos para os gaps de falta de profissionais e combinamos com as novas ocupações que estão começando a surgir. Algumas são profissões que já existem, mas que precisam ser atualizadas”, a firma Alejandro Frank, diretor do NEO (Núcleo de Engenharia Organizacional) da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul).
Ele cita o caso do operador de máquinas. A profissão não deixará de existir, mas as empresas precisarão cada vez mais de operador com conhecimento de tecnologia.
“O operador de hoje é um operador manual, ele aperta botões para operar máquinas. O operador do futuro, que futuro que já é realidade em várias empresas, vai conduzir máquinas a partir de tablets ou de painéis digitalizados. Ele precisa de alfabetização digital”, diz Frank.