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Infelizmente, uma parcela considerável dos casos de câncer de mama em pets no Brasil são descobertos tardiamente, o que dificulta o tratamento
Cerca de 20% dos casos de câncer de mama em pets são descobertos de forma tardia – foto Shutterstock
Atualmente, há cerca de 84 milhões de pets nas residências brasileiras, sendo 54 milhões de cachorros e 30 milhões de gatos. E todo tutor que ama seu bichinho sabe que é importantíssimo cuidar da sua saúde, não é mesmo?
É por isso que campanhas como o Outubro Rosa também devem servir de alerta para quem tem um animal. Afinal, o câncer de mama também pode ocorrer em pets, especialmente nas fêmeas.
Dados do Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV) revelam que a doença afeta até 45% das fêmeas caninas e 30% das fêmeas felinas.
Assim como no caso dos seres humanos, o câncer de mama em pets pode ser tratado, contudo é necessário ter um diagnóstico precoce.
Infelizmente, em 20% dos casos, a descoberta da doença ainda é tardia, o que dificulta muito as chances de cura.
A neoplasia mamária é o tipo de câncer mais frequente, representando entre 50 e 70% de todos os tumores.
“As fêmeas são mais predispostas e o tumor de mama acaba sendo o mais comum nas cadelas; enquanto entre os felinos é o terceiro com maior incidência”.
“Em cães machos a probabilidade é baixa, porém tem alta malignidade”, salienta a médica-veterinária e docente do curso de Medicina Veterinária do Centro Universitário de Jaguariúna (UniFAJ), Dra. Aline Ambrogi.
Vale lembrar também que o câncer de mama pode se espalhar para outras partes dos pets, então é ainda mais essencial descobri-lo rapidamente.
Estudos indicam que as principais causas do câncer em pets estão relacionadas a predisposição genética, variações hormonais, má alimentação e condições adversas no ambiente em que convivem.
No caso do câncer de mama em cadelas, ele ocorre mais a partir dos 8 anos, em animais não castrados e que tenham tomado injeções anticoncepcionais.
Prevenção e tratamento
Aline recomenda que os tutores ajam de forma preventiva, realizando check-up em cães e gatos a cada seis meses, e o principal: a castração!
“O tumor mamário dependente de questões genéticas e hormonais para se desenvolver e a castração cessa essa produção”.
“A recomendação é castrar cadelas e gatas, após o primeiro cio, e evitar o uso de anticoncepcionais e ‘injeções anti cio’”, alerta Aline.
Ademais, é importante prestar atenção em sinais no animal que possam indicar câncer de mama.
“Diante do risco da doença, é importante que o tutor fique alerta quanto ao surgimento de nódulos nas mamas do animal”.
“Com certa frequência, é necessário que se faça uma avaliação, posicionando o pet de barriga para cima e apalpando suas mamas. É importante salientar que cadelas possuem 5 pares, enquanto os felinos quatro”, informa.
Outros sintomas que podem indicar que o animal está com câncer de mama são: dores na região das mamas; presença de secreções na região mamaria; apatia; falta de apetite; febre; e dificuldade respiratória quando há evolução para metástase pulmonar.
O tratamento é realizado com base no tipo de tumor, complexidade e em que estágio a doença se encontra.
A partir daí, o cuidado inicial é a remoção cirúrgica, com margens amplas, e pode ser seguido ou não de tratamento quimioterápico.
*Informações Alto Astral