OMS aponta aplicativos como fator para aumento do sedentarismo mundial

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 16 de setembro de 2018 às 21:40
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 19:01
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Organização faz alerta para o rápido crescimento da falta de atividade física em todo o mundo

A
Organização Mundial da Saúde, em relatório divulgado de setembro de 2018,
alerta para o crescimento rápido do sedentarismo em todos os níveis das
populações pelo mundo, principalmente nos países em desenvolvimento. Nos países
mais pobres a população tem pouco acesso às tecnologias do bem estar e têm como
fatores de mortalidade ainda as doenças infecciosas.

O incrível é que o acesso ao
transporte coletivo (metro e ônibus) trouxe mais vida sedentária. Ao invés das
pessoas aproveitarem o tempo sem trabalhar para se exercitar, elas procuram
mais acesso às tecnologias e suas facilidades de se “linkar” com o mundo dos
games, e-books, e-commerce, mídias sociais e outros app. 

Essa falta de
atividade física regular pode contribuir para o início precoce e a progressão
das doenças cardiovasculares e hoje se sabe que qualquer aumento na atividade
física resultará em benefícios para a saúde.

Em indivíduos de baixo risco, jovens sabidamente sem
doenças, uma breve consulta sobre a atividade física da pessoa pode ser
suficiente antes de começar a prática de qualquer atividade física, porém em pessoas sem doença, mas com alta chance de desenvolver
doenças, pelos vários fatores de risco não controlados, a avaliação deve ser
completada com o teste de esforço (ergométrico) em esteira ou ciclo além de
exames de sangue. A avaliação de adultos já com doença cardiovascular conhecida
deve ser ainda mais detalhada para detectar possíveis isquemias miocárdicas,
estratificar o risco e orientar o manejo clínico.

Inatividade
física é um problema significativo de saúde pública na Europa: as crianças
tornaram-se menos ativas fisicamente e somente em alguns países as crianças têm
acesso à dose diária recomendada de atividade física. Mais da metade dos
adolescentes ficam fisicamente inativos depois de deixar a escola. 

Os adultos
enfrentam uma diminuição significativa nas demandas físicas em seu local de
trabalho e, durante o tempo de lazer, menos pessoas são fisicamente ativas. Um
estilo de vida sedentário está associado a uma duplicação do risco de morte
prematura e a um risco aumentado de doenças cardiovasculares.

Evitar um estilo de vida
sedentário durante a idade adulta pode estender a expectativa de vida total com
uma vida com baixo risco de doenças degenerativas comuns nas idades mais
avançadas. Não se deve exagerar a intensidade se você não tem objetivos
competitivos e pensa só em saúde. 

Recomendam-se exercícios moderados por 150
minutos por semana ou para os mais preparados 75 minutos de exercícios
intensos. A regularidade que traz os benefícios isto depois de 12 a 14 semanas
sem interrupções de mais de dois ou três dias. Os efeitos benéficos duram 48
horas em média e por isso falamos em se exercitar dias alternados.

Na população idosa, aproximadamente um quarto da
população sofre de doenças cardiovasculares. As alterações fisiológicas e
mentais que acompanham o aumento da idade podem contribuir para a inatividade
física, mas a atividade física regular pode efetivamente retardar as mudanças
relacionadas à idade, melhorando assim o funcionamento físico e prolongando a
sobrevida livre de doença.


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