Ocitocina, o hormônio do amor, pode melhorar memória e aprendizado

  • Rosana Ribeiro
  • Publicado em 14 de fevereiro de 2024 às 12:30
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A ocitocina tem efeitos positivos e também influencia no desempenho das funções cognitivas, como a aprendizagem e a memória

Ocitocina influencia no desempenho das funções cognitivas – foto Freepik

 

A ocitocina, conhecida como “hormônio do amor” devido ao seus efeitos positivos, também influencia no desempenho das funções cognitivas, como a aprendizagem e a memória.

Em um estudo recente publicado na revista PLOS One, pesquisadores da Universidade de Ciências de Tóquio, no Japão, afirmam ter dado um passo adiante para o entendimento dessa relação. Eles conseguiram mostrar como a ocitocina age na melhoria da memória.

O trabalho oferece novos insights sobre o potencial do hormônio no tratamento do Alzheimer e de outras formas de demência.

Estudos anteriores já mostraram evidências de que a demência tende a avançar mais rapidamente entre pessoas solitárias, mas pouco se sabe sobre os mecanismos que levam a isso.

“Nossa pesquisa busca elucidar o papel crucial de um ambiente estimulante que ativa a ocitocina no cérebro, potencialmente mitigando a progressão da demência”, explica o professor Akiyoshi Saitoh, líder do trabalho.

Hormônio na prevenção do Alzheimer

Em um experimento com ratos, os cientistas investigaram o papel da ocitocina na função cognitiva.

Usando técnicas farmacogenéticas, eles ativaram os neurônios que produzem o hormônio em regiões específicas do cérebro ligadas à memória e aprendizado.

A função cognitiva dos animais foi avaliada usando a tarefa de reconhecimento de objetos (TRO). Nesse teste comportamental, se analisa a tendência natural do animal de explorar mais um objeto novo em comparação com um que ele já conhecia.

Os resultados mostraram um papel significativo do hormônio na regulação da memória – quando a produção era estimulada, os animais ficavam mais ativos e curiosos em relação aos objetos novos e menos propensos a explorar aqueles que já conheciam.

A deficiência no hormônio, por outro lado, foi associada a um comportamento contrário.

“A exploração contínua deste campo abre caminho para tratamentos inovadores e intervenções farmacêuticas destinadas a travar o avanço da demência”, acredita Saitoh.

*Informações Metrópoles


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