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Segundo a OMS, a nova cepa já foi detectada em pelo menos 57 países, incluindo o Brasil; na Dinamarca ela se tornou dominante
A cepa BA.2 do coronavírus ficou conhecida como sendo uma subvariante da Ômicron por conter características semelhantes a esta última, explica o geneticista Renan Pedra, professor de genética da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais).
De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), a Ômicron tem diversas subvariantes, denominadas BA.1, BA.1.1, BA.2 e BA.3.
Mas, apesar de pertencerem à mesma linhagem, a BA.2 se mostrou ainda mais transmissível, segundo um estudo divulgado por pesquisadores da Universidade de Copenhague e da Universidade Técnica da Dinamarca, país onde a nova cepa já é dominante.
Ainda segundo a OMS, a subvariante já foi detectada em 57 países. No Brasil, o Ministério da Saúde confirmou ao menos sete casos de Covid-19 causados pela nova mutação. Não se sabe extamente onde a cepa surgiu pela primeira vez.
Mutações no gene S
Segundo o portal Notícias R7, o geneticista explica que tanto a Ômicron quanto a BA.2 têm um perfil semelhante às outras variantes de preocupação do coronavírus, ou seja, concentram as principais mutações no gene S, o produtor da proteína Spike que, por sua vez, é responsável pela entrada do vírus na célula humana.
O Brasil vive um cenário epidemiológico diferente de qualquer outro já visto na pandemia devido a alta quantidade de pessoas diagnosticadas com o vírus, o que significa mais cadeias ativas de transmissão do SARS-CoV-2.
Na comparação com o volume de novos casos com o número de óbitos, observa-se que a Ômicron tem causado quadros menos graves de Covid-19 no Brasil, onde mais de 70% da população está com o esquema vacinal completo e mais de 25% já recebeu a dose de reforço.
No entanto, Pedra destaca que o Brasil vive um cenário epidemiológico diferente de qualquer outro já visto na pandemia devido a alta quantidade de pessoas diagnosticadas com o vírus, o que significa mais cadeias ativas de transmissão do SARS-CoV-2.