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Muitas pessoas na casa dos 20 anos aderiram à moda do guarda-roupa vintage – de comprar e também de vender, fortalecendo os brechós
Comprar em brechós é resolver duas coisas: gastar pouco e se vestir com um estilo diferenciado
Depois de mais de um ano e meio trabalhando de pijamas e pantufas em casa, as pessoas perceberam que gastar menos dinheiro com roupas é bom.
Mas agora, com a vacinação e com todo mundo de volta às ruas, o desejo de se destacar em meio à multidão voltou. As pessoas não querem mostrar que envelheceram, engordaram ou ficaram paradas no tempo durante a quarentena.
E um bom jeito de resolver as duas coisas – gastar pouco e se vestir com um estilo diferenciado – tem ganhado cada vez mais adeptos: os brechós.
Essa nova consciência passa pelo desejo de gastar menos com roupas – mas sem perder o gostinho de estrear uma peça diferente, principalmente bem distante da chamada fast-fashion – aquela moda que todo mundo tem igual. E também tem a ver com a ideia de ser mais sustentável com o meio ambiente.
Muita gente na casa dos 20 anos aderiu à moda do guarda-roupa vintage – de comprar e também de vender, diz uma notícia publicada pelo portal 6 Minutos.
Beatriz Punça, de Guarulhos, tem 20 anos e sempre gostou de garimpar roupas em bazares. Em 2019, ela resolveu fazer o hobby virar um negócio e montou um brechó online no Instagram, que ela batizou de Coisas da Punça.
“Para ter uma noção mais numérica do aumento, de 2020 pra 2021 eu dobrei as vendas”, diz ela. “Quase tudo que eu posto, eu vendo”, diz Beatriz.
As peças mais disputadas são as jaquetas jeans dos anos 80, diz Beatriz. Mas artigos mais espalhafatosos – com paetês e estampas grandes – também estão ganhando destaque.
“Minha última compra em brechó foi um body de oncinha. Eu quero ousar agora, depois da pandemia”, conta Lidiane Almeida Santos, de 20 anos, que pagou R$ 28 no collant.
No brechó Capricho à Toa, um dos mais badalados de São Paulo, o movimento cresceu 50% de 2020 para cá e as peças mais procuradas são essas, que têm um toque de festa mas podem ser usadas até no supermercado.
E todo mundo anda comprando. “Não só os clientes antigos voltaram, mas as consumidoras mais novinhas, dessa geração que compra tudo pela internet, têm vindo à loja física – e eu fico muito contente com isso”, diz Denise Pini, fundadora do Capricho À Toa.
Na pandemia, ela lançou um site do brechó, mas ainda assim teve queda de faturamento e precisou demitir parte dos 106 funcionários. Hoje, com uma equipe de 81 pessoas, ela tem 15 vagas abertas para preencher. “As pessoas entram na loja com os olhos esbugalhados, querendo comprar tudo”, conta.