Números de pobreza e de extrema pobreza em Franca já começam a preocupar

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 17 de abril de 2020 às 14:32
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 20:37
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No período da Covid-19, número de necessitados aumenta e projeta uma situação social muito complicada

O monitoramento de famílias de extrema pobreza e vulnerabilidade social vem sendo feitos por equipes da Secretaria de Ação Social de Franca. 

E, desde que ocorreu o isolamento social, com o decreto 11.021 de 23 de março de 2020, os números aumentaram drasticamente.

A avaliação foi feita pela assistente social, Eliete Neves, secretária de Ação Social, mas funcionária de carreira da Prefeitura de Franca. 

Segundo ela, antes o setor fornecia uma média de 250 cestas básicas/mês. Após o início da pandemia do coronavírus são quase 250 por dia. 

Outro detalhe que trouxe muita preocupação são as famílias que vivem em extrema pobreza. Franca tinha um monitoramento entre 10,5 mil a 11 mil famílias, mas agora esse número está perto de chegar a 20 mil.

E, por um outro lado, as famílias que estão em estado de vulnerabilidade social é ainda mais surpreendente. Com as indústrias e o setor de comércio demitindo é possível que Franca chegue a 40 mil famílias necessitadas até o início de junho.

A continuar assim, a estrutura da Secretaria de Ação Social não tem o suporte necessário para tanta carência. 

Eliete Neves explicou ao Jornal da Franca que já conversou com o prefeito Gilson de Souza sobre a situação.

“Toda a nossa equipe está buscando ações para que o impacto seja o menor possível, mas tudo nos preocupa” ressaltou.

SITUAÇÃO 

Tudo contribui para o agravo da situação de miséria e pobreza na cidade.

A alta do desemprego, os programas sociais mais enxutos e a falta de reajuste de subvenções como o Bolsa Família aumentam o fosso do mais pobres. 

O indicador de pobreza do Bolsa Família, por exemplo, é de 89 reais, abaixo do parâmetro de 145 reais utilizado pelo Banco Mundial.

Mesmo os filhos dessas famílias que queiram superar a condição de estudos dos pais acabam paralisados pela limitação econômica familiar. 

A falta de renda empurra os estudantes desse estrato para a evasão escolar. Entre ir à escola ou trabalhar para evitar que a família passe fome, a segunda opção é óbvia. 

Ao explicar a situação de pobreza, Eliete disse que é a condição de quem é pobre, ou seja, que não tem as condições básicas para garantir a sua sobrevivência com qualidade de vida e dignidade. 

São famílias em situação de extrema pobreza a que tem renda mensal por pessoa de até R$ 89,00.

As famílias pobres são as que têm renda mensal entre R$ 89,01 até R$ 178,00 por pessoa e que tenham, na composição familiar, crianças/adolescentes de 0 a 15 anos, gestantes e/ou nutrizes.


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