Novembro tem a maior criação de emprego formal para o mês desde 2010

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 20 de dezembro de 2018 às 21:01
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 19:15
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Beneficiada pelo comércio e serviços, geração de empregos atingiu maior nível para o mês em oito anos

Beneficiada pelo comércio e pelos
serviços, a criação de empregos com carteira assinada atingiu, em novembro, o
maior nível para o mês em oito anos.

Segundo dados divulgados pelo
Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho,
58.664 postos formais de trabalho foram criados no último mês. O indicador mede
a diferença entre contratações e demissões.

A última vez em que a criação de
empregos tinha superado esse nível tinha sido em novembro de 2010, quando as
admissões tinham superado as dispensas em 138.247. A criação de empregos
totaliza 858.415 de janeiro a novembro e 517.733 nos últimos 12 meses.

Na divisão por ramos de atividade,
apenas dois dos oito setores pesquisados criaram empregos formais em novembro.
O campeão foi o comércio, com a abertura de 88.587 postos, seguido pelo setor
de serviços (34.319 postos). Os seis demais setores fecharam vagas no mês
passado.

O nível de emprego caiu na indústria
de transformação (-24.287 postos), na agropecuária (-23.692 postos), na construção
civil (-13.854 postos), na administração pública (-1.122 postos), na indústria
extrativa mineral (-744 postos) e nos serviços industriais de utilidade
pública, categoria que engloba energia e saneamento (-543 postos).

Tradicionalmente, a geração de
emprego no comércio e nos serviços é normal nos últimos meses do ano, por causa
das vendas de Natal e da movimentação para as festas de fim de ano. A indústria
demite por ter terminado a produção das mercadorias a serem comercializadas no
período natalino, enquanto a agricultura está em um período de plantio da
maioria das safras.

Destaques

No comércio, o ramo varejista foi o
grande destaque, com a abertura de 82.747 pontos formais, seguido pelo ramo
atacadista, com 13.168 vagas. Nos serviços, a criação de empregos foi
impulsionada por serviços de alojamento, alimentação, reparação, manutenção e
redação (13.895 postos); comércio e administração de imóveis, valores
mobiliários e serviço técnico (12.447 postos) e serviços médicos, odontológicos
e veterinários (8.278 postos).

Na indústria de transformação, que
liderou o fechamento de vagas em novembro, as maiores quedas no nível de
emprego ocorreram na indústria de produtos alimentícios e de bebidas (-6.511
postos); na indústria química de produtos farmacêuticos, veterinários e
perfumaria (-5.318 postos) e na indústria têxtil e de vestuário (-5.036
postos).

Regiões

Três das cinco regiões brasileiras
criaram empregos com carteira assinada em novembro. O Sudeste  liderou a
abertura de vagas, com 35.069 postos, seguido pelo Sul (24.763 vagas) e pelo
Nordeste (7.031 vagas). Influenciado pela entressafra, o Centro-Oeste fechou
7.537 postos. O Norte registrou 932 vagas a menos no mês passado.

Na divisão por estados, 19 unidades
da Federação geraram empregos e oito demitiram mais do que contrataram. As
maiores variações positivas no saldo de emprego ocorreram em São Paulo
(abertura de 17.754 postos), no Rio de Janeiro (13,7 mil), no Rio Grande do Sul
(10.121) e em Santa Catarina (9.192). Os estados que lideraram o fechamento de
vagas formais foram Goiás (-6.160 postos), Mato Grosso (-3.427) e Tocantins
(-1.135).


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