No cenário atual, condições climáticas adversas podem comprometer a safra 2018

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 5 de novembro de 2017 às 12:16
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:25
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Informação foi divulgada pelo Departamento da Cooxupé, no Sul de Minas

​As altas temperaturas e a falta de chuvas nas principias regiões produtoras do país prenunciam que a safra 2018 terá o potencial produtivo comprometido. 

A informação foi divulgada pelo Departamento de Desenvolvimento Técnico da Cooperativa Regional de Cafeicultores em Guaxupe (Cooxupé), localizada no Sul de Minas. 

Foto: Alexia Santi/Agência Ophelia

Essas condições climáticas adversas durante o período da florada, além de comprometerem a estrutura do botão floral, formando flores anormais, reduzem o índice de pegamento e podem provocar a queda dos chumbinhos recém-formados. Segundo o relatório do órgão, “o fato pode ter o efeito aumentado se as lavouras apresentarem alto índice de desfolha”. 

As mais recentes chuvas na área de atuação da Cooxupé ocorreram nos últimos dez dias de setembro. De acordo com o coordenador de Geoprocessamento da empresa, Éder Ribeiro dos Santos, em alguns municípios, entre os dias 16 e 18 de setembro, ocorreram chuvas de baixo volume que estimularam a abertura de uma florada de baixa intensidade, em torno de 20% do potencial de florescimento. Contudo, mesmo esta florada teve o seu pegamento comprometido pelas condições adversas do tempo.

“Estamos preocupados não só com as altas temperaturas médias que estão sendo observadas durante o florescimento, mas também com a falta de continuidade das chuvas, com o índice de desfolha que está aumentando, com o déficit hídrico que continua elevado e com a baixa disponibilidade de água no solo para os cafeeiros”, explica Santos.

Provavelmente, todos os fatores citados pelo especialista trarão um impacto negativo para a safra 2018, porém, o tamanho do do prejuízo dependerá da intensidade dos fatores em cada região. Segundo o gerente do Departamento de Desenvolvimento Técnico da Cooxupé, Mário Ferraz, apesar de 2018 ser de bienalidade alta, o momento é de cautela. 

“Ainda não temos condições de falar qual será o tamanho da safra, mas podemos adiantar que há grandes chances de ela não atingir a grandeza que esperávamos”, disse. 

(www,cafepoint.com.br)


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