Nasce uma nova chuva de meteoros – e o pico é previsto para a próxima terça (12)

  • Nene Sanches
  • Publicado em 9 de dezembro de 2023 às 20:00
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O nascimento desta nova chuva de meteoros, que deve receber o nome de Lambda-Sculptorídeas, será na terça-feira (12) pela manhã

Um artigo disponível no servidor de pré-impressão arXiv descreve a descoberta de uma nova chuva de meteoros.

De autoria do mundialmente respeitado meteorologista Jeremie Vaubaillon, do Observatório de Paris, na França, o relatório diz que o evento atinge o pico na próxima semana, nos céus do hemisfério sul.

O estudo prevê o nascimento desta nova chuva para a próxima terça-feira (12), entre 5h e 9h30 da manhã, pelo horário de Brasília. “A localização do radiante é próxima à estrela λ-Sculptoris (Lambda Sculptoris), então um possível nome para a chuva de estrelas é Lambda-Sculptorídeas”.

Ainda segundo a publicação, a fonte da provável chuva de meteoros, se ela se concretizar, serão detritos deixados pelo cometa 46P/Wirtanen.

Este pequeno cometa, que tem diâmetro estimado em 1,2 km e um período orbital de 5,4 anos, foi descoberto fotograficamente em 17 de janeiro de 1948 pelo astrônomo norte-americano Carl A. Wirtanen.

Devido a um número limitado de observações iniciais, levou mais de um ano para o objeto ser reconhecido como um cometa de curto período.

Mais recente aparição do Cometa do Natal

Em dezembro de 2018, a NASA divulgou fotos do 46P/Wirtanen, mais conhecido como Cometa do Natal. No dia 16, ele havia passado a uma distância de pouco mais de 11 milhões de km da Terra, o que dá trinta vezes a distância para a Lua.

Na maioria das vezes, ele passa muito longe do planeta para ser visível. Mas, na última visita, chegou tão perto que deu para ser visto a olho nu: foi a décima maior aproximação de um cometa da Terra em toda a era moderna e um dos mais brilhantes dos últimos 20 anos.

Antes disso, ele foi visto em 2007, 2012 e 2017, e segundo os modelos, a Terra teria encontrado a trilha de detritos ao menos nos anos de 2007 e 2018, o que poderia ter gerado chuvas de meteoros, mas que nunca foram catalogadas oficialmente.

Segundo o portal Olhar Digital, os astrônomos que registraram a descoberta acompanharam a evolução do fenômeno em todas essas ocasiões e estão aguardando a revisão por pares de seus resultados.


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