Não fuja da dieta! Saiba como contornar os excessos do início do ano

  • Nina Ribeiro
  • Publicado em 3 de janeiro de 2025 às 12:30
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Nutricionista revela como controlar a compulsão alimentar e não “enfiar o pé na jaca” logo no começo do ano

Do Natal até as primeiras semanas do novo ano, “enfiar o pé na jaca” é muito comum – foto Arquivo

 

A junção natal, réveillon e férias de verão costuma ser o período onde as pessoas mais “enfiam o pé na jaca”, colocando em risco todo o progresso atingido com a dieta durante o ano.

Isso, é claro, não significa que você deva se controlar o tempo todo, até porque dieta nenhuma deve ser restritiva, pelo contrário. É possível saciar a vontade de comer um docinho, sem extrapolar na alimentação.

Para isso, a médica endocrinologista, Dra. Gabriela Iervolino, revela um método que criou para si mesma, que ajuda a se manter firme na dieta e evitar os excessos nesse período.

“Como já vivi isso, sei bem como tudo acontece, e por isso, acabei desenvolvendo um método que eu chamo de ‘níveis de jacada’”.

“Trata-se de etapas de alimentos que você tentará consumir antes de chegar no seu pior. Esses níveis são muito individuais e você quem se conhece vai saber montar os seus níveis”, explica.

Conforme a especialista, é recomendado esperar de 20 a 30 minutos entre um nível e outro para que seu corpo perceba que você comeu aquele alimento.

”Meu pior nível é comer um cookie bem recheado que eu adoro, mas antes de chegar nisso tenho algumas etapas. Meu primeiro nível é consumir 6 quadradinhos de chocolate meio amargo a 70% e espero 20 minutos para ver se isso me satisfaz”.

“Minha segunda etapa é comer banana com uma pasta de amendoim de chocolate. Minha terceira etapa é comer uma barra de proteína que eu adoro. E por último seria o cookie, nível que eu quase nunca chego pois em alguma parte das etapas anteriores eu já me satisfiz”, exemplifica a médica.

Os alimentos escolhidos para os “níveis de jacada” variam de pessoa para pessoa, afinal, cada um tem a sua preferência alimentar. O que não muda é o intervalo entre cada alimento.

Caso a vontade não passe, como o desejo por comer uma pizza, por exemplo, a médica aconselha ingerir um alimento um pouco mais calórico, como uma barra proteica. “ A ideia é não chegar na pizza, que seria o ponto máximo da ‘jacada’”, afirma.

A fuga da dieta

A profissional destaca que a “jacada”, ou a fuga da dieta, costuma ter dois momentos: o primeiro é o prazer de comer aquilo que você deseja e a satisfação dos sentidos por consumir aquele alimento de alto teor calórico, com muito carboidrato. Esse prazer acontece enquanto você ainda está degustando o alimento.

Depois do prazer, vem o segundo momento, que é a culpa por ter comido o que comeu. É comum o arrependimento por ter se deixado levar pela emoção, pelo desejo, desviando de sua dieta e objetivo.

“Como consequência, você pode se sentir desanimado, sem forças, para voltar ou começar do zero para buscar de novo a sua meta”, acrescenta a endocrinologista.

No entanto, Gabriela reforça que não é correto se deixar levar pelas emoções na hora de comer, por isso ela não incentiva os excessos.

“Mas entendo também que, como seres humanos, temos nossas limitações, e situações como essa podem acontecer com qualquer um”, destaca.

“Por isso desenvolvi esse método que ajuda a entender como fazer ‘jacadas’ mais saudáveis e menos prejudiciais ao seu processo. De sobra, também ajuda a se conhecer melhor e aumentar sua autoestima, percebendo que nem sempre é necessário ‘enfiar o pé na jaca’ da pior forma”, finaliza a médica.

*Informações Alto Astral


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