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Brickmann também gostava de usar uma botina rústica feita em Franca desde o tempo de seu pai — que foi médico na Santa Casa de Franca.
O jornalista Carlos Brickmann morreu no final da tarde deste sábado (17), aos 77 anos, vítima de infecção generalizada.
Brickmann enfrentava problemas de saúde pelo menos desde o início do ano e estava internado no hospital Sírio-libanês desde outubro.
A morte foi confirmada por amigos, colegas e parentes nas redes sociais.
A jornalista Marlli Gonçalves, colega de Brickmann no site Chumbo Gordo, onde ele atualmente publicava seus textos, escreveu uma longa homenagem na página. Colegas famosos de profissão, com grande respeito pelo talento e ética no jornalismo, também se manifestaram.
Francano de nascimento
“Carlos Brickmann nos deixou. Me deixou. Amigo há 45 anos, e com quem trabalho há 30 anos, vocês conseguem imaginar como estou me sentindo?”, diz na abertura do texto.
Pertencente à família Brickmann — que dá nome à avenida Abrão Brickmann — ele nasceu em Franca, em 1944. Foi repórter, editor-chefe, diretor, assessor, consultor e colunista, escrevendo para inúmeros jornais de todo o Brasil, inclusive com uma coluna bissemanal no Jornal da Franca.
Sobre isso é importante lembrar. Quando perguntado sobre o valor do seu trabalho para o Jornal da Franca, Carlos Brickmann respondeu: “Franca pode tudo. O valor do trabalho será um pacote mensal do pé de moleque Binuto”.
Brickmann também gostava de usar uma botina rústica feita em Franca desde o tempo de seu pai — que foi médico na Santa Casa de Franca.
História no jornalismo
A história de Brickmann no jornalismo começou em 1963, na Folha de S.Paulo como copy desk, aos 18 anos. Foi editor de Internacional, passou pela sucursal de São Paulo do Jornal do Brasil (1964), pela edição de esportes de O Estado de S.Paulo (1965), Jornal da Tarde (1966) e Revista Visão (1974).
Entre 1978 e 1980, foi diretor na Rede Bandeirantes.
Em 1983, foi o primeiro repórter a cobrir a campanha e manifestações pelas eleições diretas para presidente da República, pelo jornal Folha de São Paulo. No mesmo ano, Brickmann participou da reestruturação da Folha da Tarde. Deixou o jornal em 1989 para participar da campanha presidencial de Paulo Maluf, na época do PDS.
Com a perda do político na corrida presidencial, Brickmann voltou à Folha da Tarde e ficou até 1991, quando se tornou diretor de comunicação da Vasp. Ainda com Maluf, integrou a coordenação da equipe de campanha do político para a Prefeitura de São Paulo, em 1992.
Brickmann também foi colunista da Folha de Pernambuco, Correio Popular e do site Observatório da Imprensa. Junto com a jornalista Marli Gonçalves, criou a Brickmann&Associados Comunicação em 1993. Brickmann deixa a esposa Berta Waismann Brickmann e os dois filhos, Rafael e Ester.