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O ministro da Educação destacou o fato de haver mais de 7.800 escolas sem acesso às redes de esgoto, a maioria delas na zona rural.
O Programa Escolas + Verdes, lançado na quarta-feira (14), vai promover ações de cidadania e educação ambiental nas escolas, como a separação e tratamento de resíduos, eficiência no uso de água e energias renováveis.
O objetivo é despertar o interesse dos estudantes para pautas ambientais e conectar matérias do currículo escolar com ações sustentáveis.
A iniciativa conjunta entre Ministério do Meio Ambiente e do Ministério da Educação será realizada em duas etapas, com investimento de até R$ 300 milhões no financiamento de projetos.
Numa primeira fase, serão selecionadas 200 escolas para a adesão do programa. Ainda, está prevista a instalação de biodigestores nas instituições, possibilitando a produção de biogás a partir de resíduos orgânicos.
Públicas e particulares
Escolas públicas ou particulares que adotem práticas de sustentabilidade também poderão requisitar o selo Escola +Verde. A certificação é um reconhecimento do Ministério do Meio Ambiente e um diferencial para estimular a educação ambiental dentro e fora de sala de aula.
Na primeira etapa, estão previstos R$ 100 milhões para a instalação de biodigestores em escolas, possibilitando a produção de biogás a partir de resíduos orgânicos.
O biodigestor é um equipamento que produz, além do biogás, o biofertilizante líquido. Assim, cascas, sementes, bagaço de frutas e restos de legumes deixam de ir para o lixo comum e geram o combustível usado no preparo da merenda escolar, substituindo a compra de botijões de GLP.
A estrutura do equipamento pode ser usada, ainda, para o tratamento de esgoto em escolas que ainda não têm saneamento básico.
Escolas sem acesso à rede de esgoto
A aquisição e implantação dos biodigestores em escolas públicas será financiada pelo Ministério do Meio Ambiente.
O financiamento será feito a partir de recursos próprios ou provenientes de cooperação, acordos, ajustes e outros instrumentos celebrados pelo MMA com governos estrangeiros e organismos internacionais ou órgãos e entidades públicas ou privadas, nacionais ou internacionais, com ou sem fins lucrativos.
O ministro da educação, Victor Godoy, destacou o fato de haver mais de 7.800 escolas sem acesso às redes de esgoto, a maioria delas na zona rural.
“Por isso é importante trabalhar a conscientização dos alunos, professores e da comunidade para o tratamento desses resíduos, que muitas vezes acabaria ali nos córregos, que são áreas importantes de preservação no país. Com isso, a gente começa a trabalhar, também, outros conteúdos pedagógicos. Os professores têm essa possibilidade de enriquecer a aula com uma abordagem mais prática”, reforçou Godoy.