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Tomar as medidas corretas de primeiros socorros após acidentes com pet pode ser essencial para a vida deles; veja como agir
Pets são divertidos e brincalhões, mas muitas vezes podem acabar dando sustos nos tutores – foto Shutterstock
Pets travessos são muito fofos e geram momentos divertidos, porém podem acabar dando grandes sustos nos tutores quando se metem em algum acidente.
Afinal, nada mais desesperador para quem tem um bichinho em casa, não é mesmo?
E, mesmo que você seja bastante prevenido e siga medidas para que o seu pet não se machuque, pode acabar acontecendo em algum momento, e aí é preciso saber as atitudes certas a tomar.
Primeiramente, é essencial levar o animal imediatamente para atendimento – ou seja, é bom ter o contato daquele hospital 24 h para pets em mãos.
Porém, enquanto isso não acontece, algumas outras medidas podem contribuir para que o animal sinta menos dor e até salvar a sua vida.
Essas ações vão depender do tipo de acidente com pet, então veja a seguir as recomendações da médica-veterinária e gerente de produto da Unidade de Animais de Companhia da Ceva Saúde Animal, Marina Tiba, para cada situação:
Irritação cutânea
As alergias e dermatites de contato são problemas causados pela reação alérgica do pet ao contato com alguma substância alergênica.
Os animais afetados costumam apresentar coceira, vermelhidão, bolhas vermelhas e falhas no pelo.
Nesse caso, é necessário identificar a substância que causou a reação cutânea no animal e não utilizar nenhum produto caseiro para resolver a situação.
O tratamento deverá ser indicado pelo médico-veterinário, que poderá receitar medicamentos orais, pomadas ou outros tratamentos tópicos para reduzir o desconforto do pet.
Escoriações
Conhecidas popularmente como “ralados”, as escoriações são lesões simples, porém precisam de cuidados. Higienize a área com água e um pouco de xampu neutro.
Caso o machucado seja maiorzinho ou o bichinho pareça estar com dor, o veterinário também pode orientar que seja usada uma pomada antisséptica.
Na maioria dos casos, também é bom que o pet use um colar elizabetano para não lamber a ferida, já que isso pode dificultar a cicatrização.
Queimadura
Em casos de queimaduras, a indicação é lavar a área com água fria corrente por alguns minutos para resfriar e aliviar a dor local. É importante lembrar que não é recomendado utilizar pomadas ou receitas caseiras.
Apenas cubra a região com uma atadura ou pano limpo úmido e leve o animal para avaliação veterinária imediatamente.
Choque elétrico
Choques elétricos podem ser bem perigosos, então é essencial levar o animal para atendimento o mais rápido possível.
Entretanto, antes disso, quando o acidente ocorrer, a primeira recomendação é retirar o aparelho da tomada, sempre com cuidado, e não tocar no bichinho enquanto a descarga de energia ainda estiver ocorrendo.
Lesões com sangramento
Lesões hemorrágicas são aquelas com sangramento ativo, causadas por mordidas, cortes ou perfurações.
Nestes casos, é importante conter o sangramento pressionando a região com gaze ou um pano bem limpinho enquanto conduz o animal até o atendimento.
Marina ressalta que, caso haja algum objeto causando o sangramento, o tutor jamais deve tentar retirá-lo, pois isso poderá agravar ainda mais o quadro hemorrágico.
Fraturas
Esse tipo de acidente com pet costuma ocorrer quando há queda ou atropelamento. As fraturas podem ser internas (sem rompimento da pele) ou externas (com os ossos expostos).
Caso seja interna, o ideal é imobilizar a área para que a situação do animal não piore no caminho para o atendimento.
Para isso, você pode usar materiais como gaze, atadura e esparadrapo, além de um objeto reto mais rígido, como papelão, para dar suporte. Já se for externa, só cubra a região com uma atadura ou pano limpo e procure socorro.
Picada de animal peçonhento
Se possível, o tutor deve identificar o animal peçonhento que picou o pet, o que auxiliará no atendimento veterinário. É importante não mexer no local da picada nem tentar remover o veneno com cortes ou perfurações.
O pet deve ser levado imediatamente à clínica mais próxima para receber o tratamento adequado.
Em muitos casos, o tutor pode não estar presente quando o animal sofre o acidente.
Neste cenário, é essencial estar atento a sintomas que indiquem contato com um animal peçonhento, como inchaço ou sangramento no local da picada, narinas ou gengivas, vômito, fraqueza, dificuldade respiratória, entre outros.
A gravidade do quadro dependerá do tipo de agressor, região afetada pelo veneno, quantidade e reação do organismo do animal.
Portanto, se notar qualquer alteração no comportamento do pet, o tutor deve buscar ajuda com urgência.
Intoxicação por ingestão oral
O primeiro passo é identificar a causa da intoxicação, seja produto, alimento ou planta, além da quantidade ingerida e há quanto tempo o pet está apresentando sintomas. Essas informações são essenciais para o atendimento veterinário.
Se o tutor tiver carvão ativado em casa, pode administrá-lo ao pet seguindo as orientações do fabricante, pois reduz a absorção da toxina pelo organismo.
Não se deve forçar o vômito do animal, pois isso pode agravar o quadro ou causar lesões no estômago e esôfago. O pet deverá ir imediatamente ao veterinário, idealmente com informações sobre o que causou a intoxicação.
*Informações Alto Astral