Meteoro explode no céu a 140 quilômetros de Franca. Veja as imagens captadas

  • Nene Sanches
  • Publicado em 11 de maio de 2022 às 22:00
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O fenômeno, relativamente incomum, ocorre quando uma pequena rocha espacial atinge a atmosfera terrestre a altíssimas velocidades

Um meteoro explosivo foi flagrado no céu de Pitangueiras, a 140 quilômetros de Franca, na noite de terça-feira (10) pelo astrônomo amador José Carlos Salerno, de 63 anos.

O flagrante foi feito por uma estação que integra a Rede Brasileira de Monitoramento de Meteoros (Bramon) na cidade de 40 mil habitantes no interior de São Paulo por volta das 5h30 – ou 8h30 no Tempo Universal Coordenado (UTC), referente ao Meridiano de Greenwich.

“Registro de um belo meteoro explosivo, nesta madrugada (10/05/22) ao leste de Pitangueiras-SP, pela minha estação JCS2, BRAMON. Vemos abaixo também Júpiter e Vênus. Acima, à direita do meteoro, está Saturno”, descreve Salerno.

Segundo notícia do portal G1, o fenômeno, considerado relativamente incomum, ocorre quando uma pequena rocha espacial atinge a atmosfera terrestre a altíssimas velocidades, que podem variar entre 11 km/s e 72 km/s – ou seja, entre 40 mil e 60 mil km/h.

“Fiz questão de mostrar pela particularidade dele, porque houve explosão, tinha umas nuvens ali e ele causou brilho. Esses meteoros explosivos não são tão raros assim, de vez em quando a gente captura”, explica.

Rede brasileira

As estações em Pitangueiras estão entre as cerca de 100 espalhadas pelo país que fazem parte da Rede Brasileira de Monitoramento de Meteoros, a Bramon, uma organização colaborativa sem fins lucrativos mantida por voluntários em 20 estados e com suporte de cientistas.

O grupo ajuda a comunidade científica internacional ao fornecer capturas e análises de fenômenos astronômicos, além de difundir conhecimento sobre o tema. As imagens são obtidas por meio de câmeras fixadas em posições estratégicas.

De acordo com o astrônomo amador, além de Pitangueiras, o fenômeno de terça-feira também foi registrado por voluntários de Nhandeara (SP), na região de São José do Rio Preto.

Ele ainda precisa fazer análises para precisar o tamanho da rocha que atingiu a atmosfera, mas acredita que seja pequeno. O efeito, de qualquer forma, impressiona.

“Comprime e aquece a atmosfera, e esse aquecimento ioniza e ele forma uma bolha de plasma. Essa bolha de plasma provoca esse fenômeno luminoso”, diz.


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