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Consolidação do destino turístico em Minas Gerais ajuda no desempenho da hotelaria e comércio
Apesar do nível do lago de Furnas estar muito abaixo da média normal, os hotéis nas cidades do entorno do reservatório estão lotados neste feriadão. Em alguns casos, não há mais vagas disponíveis para os finais de semana neste ano. Em São José da Barra, no Sul de Minas, o Hotel e Restaurante Chão Nativo não tem vaga para fins de semana até março de 2018, segundo o gerente do empreendimento, Hélio Teodoro de Oliveira. “Só tenho apartamentos disponíveis de segunda a quinta”, diz.
Na mesma cidade, na pousada Araras do Lago de Furnas, a gerente Maria de Lourdes da Silva Diniz conta que a ocupação neste ano está bem melhor que a verificada no ano passado. “Neste feriado, todos os quartos foram ocupados. Aliás, pelo que sei, as pousadas na cidade estão cheias”, observa.
Na mesma região, só que em Capitólio, no hotel Minastur, no centro da cidade, a ocupação é máxima, conforme a analista administrativa Letícia Soares. “O lago está bem baixo. Só que isso não está interferindo na ocupação. Para este feriado, dois meses antes todos os quartos já estavam reservados. Estamos com lotação de 100% em quase todos os finais de semana”, diz.
Ela corrobora: a ocupação alta está acontecendo com outros hotéis na cidade. “Está melhor que no ano passado. Acredito que o bom desempenho se deve ao fato de que a região está se consolidando cada dia mais como um destino turístico”, analisa. Letícia conta que boa parte dos hóspedes são do interior de São Paulo. “Agora, vem crescendo muito a procura por turistas do Rio de Janeiro”, diz.
Na mesma cidade, o Balneário do Lago Hotel também está com ocupação máxima neste feriado, de acordo com o gerente, Erick Oliveira. “Tivemos lista de espera de mais de cem pessoas”, ressalta. Para o próximo feriado, a situação é a mesma, sem vagas disponíveis. “O calor vem colaborando. E a região está se tornando cada vez mais conhecida”, diz. Neste ano, o desempenho do hotel está melhor que o verificado em 2016.
Em Formiga, na região Centro-Oeste, o Furnaspark Resort também está com ocupação máxima, segundo a responsável pelas reservas, Maria Eugênia da Costa. Ela conta que o nível do lago está muito baixo, mas não está interferindo no desempenho do hotel.
Em Fama, no Sul de Minas, o Hotel Náutico de Fama está cheio, segundo a gerente Terezinha Malfacini. “É que estamos recebendo um encontro de família”, diz. Mas ela está preocupada com o nível baixo da represa. “Isso interfere na ocupação. Afinal, a água é a principal atração”, frisa.
O presidente da Associação de Turismo, Piscicultura e Usuários do Lago de Furnas (Aquatur), João Jeciel Pereira, diz que o nível da água está abaixo do normal. “A situação é grave, estamos no nível da sobrevivência. Só que, até o momento, a situação ainda não está prejudicando a hotelaria”, observa.
Em baixa
Mar de Minas. O lago de Furnas, que abrange 34 municípios do Estado, está com volume útil de apenas 16,08%, segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico. Em janeiro, estava em 47,26%.
(Por Juliana Gontijo)
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