Mercado reduz pela quarta vez a projeção de crescimento da economia

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 23 de abril de 2018 às 11:13
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:41
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Há quatro semanas, a estimativa estava em 2,89% e passou para 2,76% nesta segunda-feira, 23 de abril

O mercado financeiro reduziu, pela quarta vez
seguida, a projeção para o crescimento da economia este ano. De acordo com a
pesquisa do Banco Central (BC) a instituições financeiras, a estimativa para a
expansão do Produto Interno Bruto (PIB), desta vez, passou de 2,76% para 2,75%.
Há quatro semanas, a estimativa estava em 2,89%. Para 2019, a expectativa
permanece em 3% há 12 semanas seguidas. Os dados constam do
Boletim
Focus
, divulgado semanalmente pelo Banco Central às
segundas-feiras.

Já a estimativa para a inflação
subiu, após dez semanas consecutivas de redução. A projeção para o Índice
Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA – a inflação oficial do país)
passou de 3,48% para 3,49%. A projeção segue abaixo do centro da meta de 4,5%,
mas acima do limite inferior de 3%. Para 2019, a estimativa para a inflação foi
ajustada de 4,07% para 4%, abaixo do centro da meta (4,25%).

Para alcançar a meta, o BC usa como
principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, atualmente em 6,5% ao
ano. Quando o Comitê de Política Monetária do BC (Copom) aumenta a Selic, a
meta é conter a demanda aquecida, e isso gera reflexos nos preços porque os
juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.

Quando o Copom diminui os juros
básicos, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à
produção e ao consumo, reduzindo o controle sobre a inflação. De acordo com a
previsão do mercado financeiro, a Selic encerrará 2018 em 6,25% ao ano e subirá
ao longo de 2019, encerrando o período em 8% ao ano.


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