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Com medo de faltar água em períodos de crise hídrica, muitas pessoas decidiram perfurar poço artesiano em suas casas
Equipamento para perfuração de poço artesiano
O Daee (Departamento de Águas e Energia Elétrica), responsável por liberar a perfuração de poços artesianos no estado de São Paulo, recebeu 412 pedidos de outorga em setembro, ante 255 em abril, quando o crescimento começou a acelerar na esteira da crise hídrica.
Para fins de comparação, em setembro de 2020 foram 269 pedidos, e no ano anterior, 126, segundo uma informação publicada pelo jornal Folha de S.Paulo.
No acumulado de janeiro a setembro deste ano já foram 2.750 solicitações. Limeira, Campinas, São Paulo, São José do Rio Preto e Indaiatuba são as cinco cidades com maior número de requerimentos, segundo o Daee.
Irregulares estão fora dessa conta
O presidente da Abas (Associação Brasileira de Águas Subterrâneas), José Paulo Martins Netto, afirma que a demanda por poços artesianos já vinha subindo nos últimos anos, mas se intensificou.
Ele diz que não é possível dimensionar o crescimento exato porque muitos poços são perfurados de maneira irregular, sem autorização dos órgãos competentes.
“Quando você faz uso irregular de recursos hídricos, está ferindo legislações das três esferas, federal, estadual e municipal, além de causar dano a quem está regular e não ter controle de qualidade”, diz.
Quanto custa
Em média, o valor cobrado no mercado é de R$ 500,00 por metro perfurado, aproximadamente.
Ou seja, todos os projetos precisam ser devidamente analisados pela equipe responsável para que seja possível estimar de forma mais precisa o valor que será cobrado para o serviço.
Dependendo da perfuração, no caso de um ambiente produtivo ou um centro comercial, por exemplo, que necessita de um grande volume de vazão de água, o preço do poço artesiano pode passar de R$ 20 mil.