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Dados da Unicamp apontam os quatro maiores causadores de intoxicação – entre eles, remédios populares
O uso de medicamentos tidos como comuns, daqueles que sempre temos em casa, responde pela maioria dos casos de intoxicação, de acordo com um levantamento feito a partir dos atendimentos registrados pelo Centro de Informação e Assistência Toxicológica (Ciatox) da Unicamp, em que é referência no Brasil.
O consumo de remédios corresponde a 33,62% das ocorrências, mais que o dobro, por exemplo, dos atendimentos por picadas de animais peçonhentos e consumo de produtos químicos.
As principais vítimas são crianças e idosos; e medicações populares, como antitérmicos, estão entre as substâncias responsáveis pelas ocorrências.
O estudo foi feito com base nos 5.420 atendimentos realizados no Ciatox em 2017, sendo 1.822 só relacionados à ingestão de remédios.
Outras quatro causas de intoxicação foram apontadas pelo Ciatox: animais peçonhentos/venenosos, produtos domissanitários (detergentes, alvejantes, removedores e afins), produtos químicos residenciais ou industriais e animais não peçonhentos/não venenosos.
Remédios que merecem atenção
As intoxicações por medicamento predominam em todo o mundo. De acordo com os registros, há destaque para o uso de anticonvulsivantes, drogas de efeito no sistema nervoso central, ansiolíticos e drogas para melhorar o estado de humor, mas também alerta para remédios mais populares.
Automedicação
A automedicação é uma das preocupações em todo o mundo, assim como as tentativas de suicídio, por conta das superdosagens. Além disso, a automedicação mascara os sintomas e dificulta o diagnóstico correto, sem contar que possui interação com outros medicamentos podendo agravar a situação.
Crianças e idosos
Segundo o Ciatox, as crianças são vulneráveis à intoxicação de medicamentos por ingestão acidental, principalmente no período de férias, pois a criança tende a ter mais tempo em casa para procurar e ter acesso às substâncias.
No caso dos idosos, muitas vezes a ingestão também ocorre acidentalmente, pois, além de usarem muitos remédios, têm o hábito de tomá-los à noite e podem consumir de forma errada.
A orientação é para que as pessoas evitem guardar medicamentos que não foram utilizados completamente, até por perderem a validade e o paciente não perceber. É preciso atentar também que a disponibilidade estimula o uso inadequado.