Não erre mais: veja as diferenças entre medicamento genérico, original e similar

  • Joao Batista Freitas
  • Publicado em 19 de julho de 2024 às 18:00
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O órgão regulador esclarece que os similares também precisam apresentar estudos que comprovem a eficácia, a qualidade e segurança

Segundo a Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa), 70% de todos os remédios consumidos no Brasil são genéricos. Apesar da popularização da categoria, o próprio órgão regulador alerta que nem sempre é possível fazer a substituição de um medicamento pelo genérico.

Para garantir um tratamento correto, os pacientes devem seguir a orientação médica. Saber as diferenças entre fármacos genéricos, originais ou de referência e os similares também ajuda a evitar confusões na hora da compra.

De acordo com o Conselho Regional de Farmácia do Mato Grosso do Sul (CRF-MS), os medicamentos originais, também chamados de referência, são os primeiros a serem lançados no mercado e carregam um determinado ingrediente farmacêutico ativo (IFA). Na embalagem do produto constam o princípio ativo e o nome fantasia criado pelo fabricante.

Medicamento de referência

O CRF-MS explica que para um medicamento de referência novo ser aprovado, o desenvolvedor precisa seguir um roteiro de estudos clínicos que comprovem sua segurança e eficácia. Feito isso, os resultados são submetidos à Anvisa e, caso seja aprovado, o fármaco poderá ser comercializado no país.

Ao registrar um medicamento original, o laboratório é beneficiado pela Lei das Patentes (nº 9.279/1996, que garante exclusividade no mercado por um período que pode variar de 15 a 20 anos.

Após o prazo, a fórmula da medicação está liberada para as empresas interessadas em produzi-lo. Por serem medicamentos novos, os remédios de referência tendem a ser mais caros do que os genéricos e similares.

A Anvisa informa que há fármacos específicos passíveis de exclusão na lista de medicamentos referência, como é o caso de medicações fitoterápicas, dinamizadas, biológicas, de notificação simplificada, gases medicinais e os radio fármacos.

Genéricos são identificados por tarja amarela

Os medicamentos genéricos são aqueles que contém os mesmos princípios ativos, na mesma dose e forma farmacêutica, sendo administrados pela mesma via e com a mesma posologia e identificação terapêutica do medicamento de referência, conforme o CRF-MS.

De acordo com a Anvisa, a embalagem deve conter a informação “Medicamento Genérico Lei nº 9.787, de 1999”. Os produtos podem ser identificados pela tarja amarela.

Como não têm marca, o que é exibido na embalagem é o princípio ativo do medicamento. Dessa forma, aqueles que procurarem o preço do xerelto, por exemplo, irão encontrar medicamentos genéricos com o nome rivaroxabana, que é seu princípio ativo.

Segundo a Revista Arco da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), os fármacos genéricos costumam ser mais econômicos que os de referência, pois, para serem registrados e lançados, os originais necessitam de uma série de estudos. Já os genéricos não precisam focar nessa etapa, o que reduz os custos de produção e o preço final ao consumidor.

A Anvisa alerta que a substituição de um medicamento original por um genérico só pode ser realizada pelo farmacêutico responsável pela farmácia ou drogaria e deverá ser registrada na prescrição médica do paciente.

Anvisa disponibiliza lista com similares intercambiáveis 

Quem procura por Cbd ou outros medicamentos em farmácias já deve ter percebido que além dos originais e genéricos, também há os fármacos de categoria similar.

Conforme explica o CRF-MS, esse tipo de medicação contém os mesmos princípios ativos, apresentam a mesma concentração, forma farmacêutica, via de administração, posologia e indicação terapêutica que os originais.

Os fármacos similares são identificados pela marca ou por seu nome comercial. De acordo com a Anvisa, eles só podem substituir o de referência após passarem por testes laboratoriais que comprovem a equivalência entre eles. Os que já cumpriram processo são chamados de “similares intercambiáveis”.

O órgão regulador esclarece que os similares também precisam apresentar estudos que comprovem a eficácia, a qualidade e a segurança do produto.

Todos os remédios considerados intercambiáveis pela Anvisa apresentam na bula a frase “medicamento similar equivalente ao medicamento de referência” e estão listados em seu site.


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