Média de desconto na Black Friday deve ser de 24%, menor que a de 2018

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 28 de outubro de 2019 às 14:38
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 19:58
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Cresce para 21% o número de empresários do varejo e de serviços que planejam aderir à Black Friday

Pesquisa da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) mostra que o percentual médio de desconto na Black Friday 2019 deve girar em torno de 24%, menor do que os 29% da pesquisa de 2018.

A pesquisa, que ouviu 1.177 empresários de todos os portes que atuam no comércio e no setor de serviços nas cinco regiões do país, mostra ainda que 21% dos entrevistados devem aderir ao dia de promoções, que neste ano será em 29 de novembro. 

Se as estimativas se confirmarem, haverá um crescimento de adesões, uma vez que em 2018, 16% dos empresários participaram do evento.

Para 54% dos empresários, a Black Friday não prejudica o Natal, que é a data mais lucrativa do varejo no ano. Para 33%, o evento até mesmo contribui para o Natal vender mais. Outros 8% falam em prejuízo no Natal por conta das vendas antecipadas na Black Friday.

Para o presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Junior, um indicativo de que as vendas da Black Friday não se sobrepõem às do Natal são as diferentes características de compras em cada uma das datas. “Na Black Friday é comum o consumidor aproveitar as ofertas para adquirir produtos para si ou para a casa, principalmente os de valor agregado, como smartphones, eletrônicos e eletrodomésticos. Já no Natal, prevalece a força da tradição de presentear familiares e amigos como força de demonstrar afeto e reforçar laços”, explica.

Considerando os empresários que vão participar da Black Friday deste ano, seis em cada dez (57%) acreditam que a data representa uma oportunidade para divulgar a loja e prospectar novos clientes e 43% veem a chance de aumentar as vendas. Há ainda um quarto (25%) de empresários que querem desovar estoques parados.

Já para os que optaram em não participar da edição, o principal argumento é o fato de não acreditar que as vendas aumentem no período (60%). Outros 17% pensam que somente grandes marcas participam da Black Friday e, por isso, avaliam que é melhor não competir com elas.

Quanto às formas de preparação, as promoções especiais (55%) serão a principal estratégia dos empresários. Há ainda 42% que vão investir na divulgação da empresa, 23% que planejam aumentar os estoques, 16% que vão apostar na variedade de produtos e serviços ofertados e 11% que irão investir na operação das vendas pela internet, alcançando um público maior.

A pesquisa aponta ainda que 43% dos empresários consultados acreditam que, durante o evento, as vendas em 2019 serão melhores do que as do ano passado, enquanto 32% falam em estabilidade. Apenas 11% projetam vendas piores.

A experiência em anos anteriores explica a razão do otimismo desses empresários. Dentre os que aderiram a Black Friday em 2018, a maioria (63%) obteve bons resultados de vendas, seja por terem vendido acima das expectativas (20%) ou obtido um resultado conforme o esperado (43%). Em contrapartida, pouco mais de um terço (34%) dos empresários registrou vendas abaixo do projetado.


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