compartilhar no whatsapp
compartilhar no telegram
compartilhar no facebook
compartilhar no linkedin
Desde 2012, a Fundação já promoveu o encontro de 400 brasileiros com as respectivas famílias
Desde 2012, a Fundação já promoveu o encontro de 400 brasileiros com as respectivas famílias
A Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo tornou-se, nesta sexta-feira (14), um cenário de esperança para 100 mães residentes no Estado de São Paulo que procuram filhos adotados por estrangeiros.
No Auditório Teotônio Vilela, elas estão fornecendo amostras de DNA cujos resultados serão cadastrados em um banco internacional de perfis genéticos.
O encontro foi promovido pela Fundação Pessoas Desaparecidas Brasil e Holanda (PDBeH) e teve o apoio do deputado Gil Diniz (PL).
De acordo com a fundadora da PDBeH, a cigana iugoslava Liza da Silva, o cadastramento permitirá a avaliação de compatibilidade das genitoras biológicas com crianças e adultos espalhados pelo mundo.
“Essa ação é inédita no Brasil”, ressaltou Liza. Além da capital paulista, os testes gratuitos de DNA serão ofertados a mães das cidades de Campina Grande/PB e Fortaleza/CE.
De acordo com Liza, desde 2012, a Fundação já promoveu o encontro de 400 brasileiros com as respectivas famílias de sangue. “Ainda conhecemos mil pessoas que foram adotadas e buscam seus pais biológicos.”
No entendimento da cigana, o cruzamento genético deve facilitar o encontro desses filhos (alguns raptados ainda crianças) com suas genitoras.
Nesta sexta e na segunda-feira (17), a coleta de DNA em São Paulo ocorre no auditório Teotônio Vilela, localizado no Primeiro Andar da Alesp (Avenida Pedro Alvares Cabral, 201, bairro Ibirapuera), das 9h às 16h. É necessário jejum de duas horas.
Dramas maternos
As histórias de vida que transitaram pela Alesp durante a coleta de DNA revelam casos comoventes, como o de Elenilda Maria de Lima, 50 anos, moradora da Zona Leste de São Paulo.
A busca pelo filho já dura 36 anos, desde que o menino foi entregue a um casal pela avó, sem o consentimento da mãe. Hoje, Elenilda torce que para o filho esteja cadastrado no banco genético internacional.
Drama semelhante é vivido por Aldeci Oliveira dos Santos, 64 anos, em Guarulhos, na Grande São Paulo. Ela entregou voluntariamente três dos quatro filhos para a adoção. Contudo, um dos processos deu-se de forma ilegal.
Aldeci recebeu ameaças da mulher que levou a criança possivelmente para fora do Brasil. Hoje, a filha desaparecida teria 42 anos de idade. “Eu espero encontrar [Josilene Oliveira dos Santos] mesmo que ela não queira me ver, mas pelo menos conhece os três irmãos dela”, disse esperançosa.