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Segundo o CNC, comércio varejista foi diretamente impactado pelas medidas de isolamento social
Mais de 135 mil lojas foram fechadas e 500 mil empregos perdidos no Brasil entre abril e junho diante da crise provocada pela pandemia do coronavírus. É o que aponta um levantamento divulgado nesta terça-feira (25) pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
De acordo com a CNC, o total de lojas fechadas equivale a 10% do número de estabelecimentos do comércio varejista do país em funcionamento antes da pandemia.
A previsão da CNC é que o setor encerre o ano de 2020 com 88,7 mil estabelecimentos a menos que o existente no ano passado.
O economista Fabio Bentes, responsável pela análise do levantamento feito pela CNC, enfatizou que o fechamento de lojas impactou diretamente no mercado de trabalho, com a demissão de milhares de trabalhadores.
“De acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), no segundo trimestre de 2020 foram eliminados quase 500 mil empregos formais”, apontou Bentes.
Segundo Bentes, os segmentos do comércio mais afetados pela pandemia e que tiveram lojas fechadas foram aqueles dos “ramos mais prejudicados pelas restrições ao consumo presencial”.
“As vendas presenciais, historicamente a principal modalidade de consumo por parte da população, tiveram o volume muito reduzido neste período”, ressaltou o presidente da CNC, José Roberto Tadros.
Segundo o levantamento, os segmentos mais prejudicados foram aqueles que comercializam produtos considerados não essenciais, como os de utilidades domésticas (35,3 mil lojas fechadas), vestuário, tecidos, calçados e acessórios (34,5 mil) e comércio automotivo (20,5 mil).
Ainda de acordo com a CNC, o segmento de produtos de informática e comunicação foi o que apresentou as menores perdas. Ainda assim, ele teve cerca de 1,2 mil lojas fechadas.
Entre os hiper, super e minimercados foram fechadas 12 mil lojas. Já o segmento de farmácias, perfumarias e lojas de cosméticos teve 5,3 mil lojas fechadas. Até mesmo o segmento de combustíveis e lubrificantes foi prejudicado, tendo 5,4 pontos de venda fechados no período.