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Espera chega a atingir seis meses e meio até uma resposta do órgão; fila começou em 2018
Na fila do INSS à espera de benefício, os brasileiros chegam a aguardar seis meses e meio até uma resposta do órgão.
Enquanto isso, o dinheiro não pinga na conta – é só depois do sinal verde do governo que os valores atrasados são pagos, com correção monetária.
A maior espera é de quem solicita o BPC, benefício assistencial voltado para idosos e pessoas com deficiência de baixa renda: são 195 dias, em média.
A fila de pedidos no INSS transbordou após a transformação digital do órgão, em 2018, que eliminou uma portaria anterior que represava os requerimentos: a necessidade de agendamento para ingressar com a solicitação do benefício.
Retirada do agendamento aumentou muito demanda por atendimento.
Ao retirar essa trava, o governo recebeu uma enxurrada de solicitações e não teve braços suficientes para atender à demanda: até o primeiro semestre do ano passado, só 2,7 mil dos 23 mil servidores atuavam na análise dos pedidos, que no período oscilaram entre 700 mil a um milhão por mês.
No segundo semestre, a atual gestão triplicou a mão de obra que faz a análise, mas a herança acumulada ficou.
A situação mais dramática foi observada em julho do ano passado, quando os pedidos acumulados beiravam os 2,4 milhões.
No início deste ano, caíram a 1,9 milhão – mais de dois terços deles, porém, sem uma resposta há mais de 45 dias, prazo legal para o INSS dizer se concede ou não o benefício.
Tempo de espera varia em razão do benefício buscado. Por trás da fila, no entanto, a radiografia da espera é diversa.
Enquanto quem pede um auxílio, como o auxílio-doença, espera em média 23 dias por uma resposta, há quem fique mais de seis meses sem uma posição do órgão oficial.
No caso das aposentadorias, o tempo médio de concessão é de 125 dias. No caso das pensões, a espera fica em torno de 86 dias. No salário-maternidade, a média é de 63 dias.
O governo promete resolver o problema em seis meses, considerando o período de abril a setembro de 2020, quando espera colocar em operação os 7 mil militares que pretende contratar para funções administrativas no INSS.
O objetivo é liberar 2,1 mil servidores do próprio órgão para reforçar as análises.
*Blog Estadão e 6Minutos