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No Brasil, de acordo a Anvisa, cerca de 25% das infecções registradas são causadas por micro-organismos
Uma ação tão simples e rápida, mas com efeitos tão
importantes. Lavar as mãos é um hábito básico de higiene que tem consequências
muito positivas para a saúde. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS)
mostram que o hábito pode reduzir em até 40% a contaminação por vírus e
bactérias que causam doenças como gripes, resfriados, conjuntivites e
viroses.
Mesmo assim, a prática é negligenciada tanto por
pessoas comuns como por profissionais da saúde no dia a dia.
Os especialistas recomendam que a higiene das mãos
seja feita com água e sabão sempre que necessário – principalmente antes das
refeições e ao sair do banheiro. Vale também ter sempre à mão álcool gel para
fazer a limpeza quando não houver outros meios à disposição. “A higiene
das mãos, com água e sabão ou com álcool gel é uma medida que deve ser
utilizada”, afirma Evaldo Stanislau Affonso de Araújo, médico da Divisão
de Moléstias Infecciosas e Parasitárias do Hospital das Clínicas e Responsável
pelo Programa de Stewardship da Fundação São Francisco Xavier.
A higienização correta das mãos é parte fundamental
para prevenir que bactérias multirresistentes se espalhem em ambientes
hospitalares. Dados da Organização Pan-Americana da Saúde revelam que,
mundialmente, as infecções relacionadas à assistência à saúde afetam centenas
de milhões de pessoas e têm um impacto econômico significativo nos pacientes e
sistemas de saúde. Em países desenvolvidos, essas doenças representam de 5% a 10%
das internações em hospitais de cuidados agudos. Nos países em desenvolvimento,
o risco é de duas a 20 vezes superior e a proporção de pacientes com esse tipo
de infecção pode exceder 25%.
No Brasil, de acordo com dados da Anvisa, cerca de
25% das infecções registradas são causadas por micro-organismos
multirresistentes – aqueles que se tornam imunes à ação dos antibióticos.
“A higienização das mãos é uma prática tradicional e, isoladamente, é o
fator mais importante na prevenção das infecções. Por mais que tenhamos
tecnologia e antibióticos potentes, nada vai impedir que uma bactéria passe de
um paciente para outro se não fizermos a higienização”, enfatiza Evaldo
Stanislau.