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Sem mensalidade, o serviço ConectCar passa a ser mais uma ferramenta para agradar ao cliente do banco e de seus parceiros
Entrando direto na briga, Itaú oferece sem mensalidade para seus clientes a tag ConectCar de passagem em pedágios
Na guerra cada dia mais acirrada para manter e conquistar clientes, o Itaú Unibanco está adotando mais uma arma.
Em parceria com a ConectCar, empresa da qual detém metade do capital, o banco anunciou o lançamento da Tag Itaú.
O adesivo, que permite passagem automática por todos os pedágios e mais de mil estacionamentos do País, será oferecido sem mensalidade a seus cerca de 60 milhões de clientes – e também para quem quiser vir a ter relacionamento com o banco.
Operação
A oferta vai começar pelos clientes de cartão de crédito da instituição e, até o fim do ano, estará disponível a todos, inclusive os da operação digital Iti.
A isenção em serviços do gênero, para parte ou a totalidade dos clientes, já vinha sendo uma estratégia usada pelo Itaú, assim como por alguns de seus concorrentes, como o Bradesco, o C6 Bank e o Inter, que trabalham ao lado de outros parceiros de tecnologia, como a Veloe e a Greenpass.
Trata-se de uma área que o setor financeiro deverá disputar com cada vez mais afinco, uma vez que pedágios e estacionamentos são apenas a “ponta do iceberg” em relação ao que é possível cobrar por meio de uma tag.
Modelo de negócio
Para o Itaú, é uma mudança na forma de encarar o próprio serviço ConectCar, que passa a ser menos independente e mais uma ferramenta para agradar ao cliente do banco.
“É uma forma diferente de encarar esse investimento que fizemos há anos na ConectCar”, admitiu ontem o membro do comitê executivo do Itaú Unibanco Alexandre Zancani.
Agora, em vez de trazer faturamento com a venda dos adesivos magnéticos que permitem o pagamento automático de pedágios e de estacionamentos, o Tag Itaú vai contribuir com a retenção de clientes e com a geração de mais engajamento.
“É uma mudança no modelo de negócios para o Itaú”, afirmou Zancani, que espera ver o banco passar a ganhar “com a maior vinculação e venda de outros produtos”.
Remuneração
Com isso, a maior parte da remuneração do serviço de “tag” passará a vir do banco, e não mais dos clientes finais.
“A ConectCar passa a ter custo de aquisição de clientes praticamente zerado, e é remunerado pelo Itaú”, disse o presidente da empresa, Felix Cardamone.
Segundo ele, os investimentos que capacitavam a companhia a ganhar escala já foram feitos, e o novo modelo, que vai expandir sua base exponencialmente, só acelerará o retorno.
Segundo Ayres, da Roland Berger, à medida que o serviço de tags de pagamento se popularizou, a “barreira de entrada” de novos concorrentes no setor diminuiu.
Desta forma, hoje há desde serviços que têm os pedágios e estacionamentos como negócio central (como a Sem Parar), empresas que têm bancos como sócios (caso da Veloe e da ConectCar) e também startups prontas para oferecer toda a operação tecnológica da oferta para terceiros (Greenpass).
(As informações são do jornal O Estado de S. Paulo)