Intervenção na Santa Casa de Paraíso é prorrogada por mais 6 meses

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 25 de dezembro de 2018 às 20:22
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 19:16
compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin

Interventores que atuam há 2 anos dizem que hospital está recuperado

A intervenção na Santa Casa de São Sebastião do Paraíso (MG), que completou 2 anos nesta semana foi prorrogada por mais seis meses. 

Em 2016, o Ministério Público recomendou à prefeitura que determinasse a intervenção depois que o Departamento Nacional de Auditoria do SUS apontou irregularidades na administração do hospital.

Segundo os interventores, o motivo da prorrogação é a demora do registro do novo estatuto por parte dos órgãos competentes. Mesmo assim, eles afirmam que o hospital, que esteve prestes a fechar, está recuperado.

“O balanço é positivo, quando nós entramos há 2 anos o hospital corria o risco de ser fechado nos dias. Através desse nosso esforço não fechou, mantivemos os atendimentos e hoje a gente conseguiu ampliar o hospital, revisar todos os procedimentos internos e o hospital é viável”, disse Fernando Alvarenga, vice-interventor da Santa Casa.

O objetivo agora é eleger uma nova diretoria para a Santa Casa. “Agora o nosso próximo passo é implementar esse novo estatuto, convidar essa nova irmandade, eleger essa nova diretoria e por em prática o novo estatuto, que é um estatuto moderno e hoje é referência no estado de Minas Gerais, pela Federasantas que é a entidade que regula todas as santas casas”, completou o vice-interventor.

Santa Casa de São Sebastião do Paraíso está sob intervenção há 2 anos — Foto: Reprodução

A Intervenção

A decisão pela intervenção foi tomada com base em um relatório do Denasus, o Departamento Nacional de Auditoria do SUS, que apontou graves irregularidades financeiras e administrativas cometidas no hospital. O prejuízo causado passava de R$ 10 milhões.

Representantes do MP e guardas municipais estiveram na Santa Casa e lacraram portas de vários departamentos. Os diretores que foram afastados tiveram que deixar o prédio.

O hospital corria o risco de ser desfiliado do SUS, o que iria prejudicar o atendimento à população e moradores de cidades vizinhas que também recebem o atendimento.


+ Saúde