Inflação de alimentos impacta orçamento familiar dos francanos

  • Joao Batista Freitas
  • Publicado em 6 de setembro de 2020 às 02:10
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 21:11
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Aumento nos preços de itens básicos da mesa dos francanos compromete o poder de compra

O arroz, feijão, leite e óleo de soja, por exemplo, estão com aumento acumulado médio em 18,85% no ano

O trabalhador francano está indignado com o brutal reajuste de preços de produtos que compõem os itens básicos da cesta de produtos.

Além do arroz, que teve uma alta vertiginosa nos últimos dias, o preço do óleo, de hortifrutigranjeiros, bem como da carne tem irritado muitos consumidores.

O arroz e feijão estão perdendo cada vez mais espaço na mesa dos brasileiros em função do aumento das exportações destes produtos e suas matérias-primas, além da diminuição das importações desses itens, motivadas também pela mudança na taxa de câmbio que provocou a valorização do dólar frente ao real. 

Somando-se ao câmbio competitivo, há a conjunção de quebra de safra e o crescimento da demanda interna impulsionada pelo covid-19, que trouxe maior consumo de produtos básicos – tanto pelo auxílio emergencial quanto o deslocamento do consumo fora de casa para dentro do lar.

O Índice de Preços para o Consumidor Amplo (IPCA) está controlado porque, no acumulado do ano, itens como os transportes, combustíveis e recreação estão com deflação, já a habitação, por sua vez, está com acumulado de apenas 0,76%. Mas esta não é a realidade do grupo dos alimentos, que possuem grande importância na composição do orçamento familiar. 

O feijão e o arroz, por exemplo, estão respectivamente com inflação acumulada em 23,1% e 21,1% em 2020. Está cada vez mais difícil para o consumidor comprar os itens que costumeiramente eram os primeiros a entrar no prato do brasileiro. 

O arroz, feijão, leite e óleo de soja, por exemplo, estão com aumento acumulado médio em 18,85% no ano, número quase quatro vezes maior que o índice geral de preços dos alimentos (5%).

A Associação Paulista de Supermercados (APAS) tem reforçado, desde o início da pandemia, para que os supermercados associados não aumentem suas margens de lucro e repassem aos consumidores apenas o aumento proveniente dos fornecedores, de modo que possamos assegurar o emprego dos nossos colaboradores e garantir que a população tenha alimentos de qualidade à disposição.

Assim como Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS) e as demais 26 associações estaduais afiliadas à entidade que representa o setor supermercadista nacionalmente, a APAS recomenda aos supermercadistas que continuem negociando com seus fornecedores e comprem somente a quantidade necessária para a reposição, bem como ofereçam aos seus consumidores opções de substituição aos produtos mais impactados por esses aumentos provenientes dos fornecedores de alimentos.


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