Indústria paulista mostra reação no mês de maio, dizem indicadores da Fiesp

  • Rosana Ribeiro
  • Publicado em 4 de julho de 2020 às 17:05
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 20:56
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Sensor atingiu 47,4 pontos em junho, reforçando a percepção de que o pior ficou para trás

​A indústria paulista de transformação mostrou reação positiva no mês de maio, após dois meses de quedas generalizadas em março e abril. 

O Levantamento de Conjuntura, divulgado no final desta semana pela Fiesp e Ciesp, mostra alta de 2,7% das Vendas Reais no mês, aumento de 1,6% das Horas Trabalhadas na Produção e crescimento de 4,5 p.p. do Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI), que atingiu 68,0%. Todos os dados são livres de influência sazonal. 

As altas, no entanto, estão longe de serem suficientes para recuperar o tombo do segundo bimestre do ano, período em que o NUCI recuou 12,2 p.p., as Vendas Reais caíram 23,2% e as Horas Trabalhadas na Produção recuaram 20,0%. 

Os Salários Reais Médios, por sua vez, tiveram o quinto recuo consecutivo em maio, de 1,2% frente a abril. Com este resultado, os salários acumularam queda de 11,3% entre março e maio.

Sensor​

O Sensor de junho reforça a sinalização de que o pior ficou para trás, uma vez que o indicador se manteve em trajetória de recuperação. 

No mês, fechou em 47,4 pontos na série com ajuste sazonal, resultado superior à leitura de maio, quando atingiu 41,2 pontos. 

Ainda assim, por permanecer abaixo dos 50,0 pontos, sinaliza piora da atividade industrial paulista no mês.

O item Mercado teve forte avanço, passando de 41,9 pontos em maio para 55,9 pontos em junho, indicando melhora significativa das condições de mercado no período. 

O componente Emprego também apresentou resultado positivo ao passar de 45,2 pontos, no mês anterior, para 51,2 pontos em junho.

O indicador de Vendas, apesar de se manter abaixo dos 50 pontos, mostra um quadro de menor deterioração. 

O indicador atingiu 48,8 pontos, ante 41,4 pontos em maio. Por outro lado, o indicador de investimentos, ainda refletindo a elevada incerteza do cenário econômico, continua muito abaixo da linha de estabilidade dos 50,0 pontos. 

O item fechou em 35,5 pontos, o que indica redução dos investimentos no período.


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