Indicador de Nível de Atividade da indústria paulista recua 2,0% em maio

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  • Publicado em 30 de junho de 2019 às 22:48
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 19:38
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Pelo 2º mês seguido, Sensor fica abaixo da linha dos 50 pontos e indica recuo da atividade industrial em junho

O Indicador de Nível de Atividade (INA) da indústria de transformação paulista caiu 2,0% em maio em relação a abril, na série com ajuste sazonal. Já na série sem ajuste, o indicador apresentou avanço de 3,4% no mês e de 2,2% no acumulado do ano. A principal influência para o resultado do INA do mês se deu pela retração de 3,1% da variável de vendas reais. As horas trabalhadas na produção, os salários médios reais e o Nível de Utilização da Capacidade Instalada ficaram positivos em 0,6%, 0,5% e 0,1 p.p, respectivamente. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira, (28/06), pela Federação e Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp e Ciesp).

Para José Ricardo Roriz, 2º vice-presidente da Fiesp e do Ciesp, a retração das vendas reais se justifica pela instabilidade econômica e pelo significativo índice de desemprego existente no país: “Estes dados refletem a insegurança do consumidor, esteja ele desempregado ou com medo de perder seu emprego. O cenário desestimula o consumo, o que impacta diretamente nas vendas da indústria”, disse.

Sensor

A pesquisa Sensor de junho, também produzida pelas entidades, ficou abaixo dos 50 pontos pela 2ª vez no ano, marcando 49,4 pontos. Apesar de avançar 1,4 pontos na leitura com ajuste sazonal em relação a maio, o indicador aponta mais um mês de fraqueza na atividade industrial.

Dos indicadores que compõem o Sensor, a variável de vendas teve o maior otimismo, com avanço de 2,2 pontos em relação a maio, e fechou o mês aos 53,9 pontos. O resultado aponta que haverá um aumento das vendas das empresas. O indicador que capta as condições de mercado também ficou positivo 51,5 pontos, com crescimento no mês de 0,6 pontos. Acima dos 50,0 pontos representa expectativa de melhora das condições de mercado.

Apesar de apresentar melhora de 6,2 pontos em relação a maio, o indicador de estoques continua acima do nível desejado aos 44,3 pontos. O indicador de emprego também apresentou crescimento de 0,8 pontos, porém ainda havendo pessimismo dos industriais neste quesito. A variável marcou 49,5 pontos, indicando expetativa de demissões moderadas.

Para o indicador de investimento, houve queda de 1,0 ponto em maio para 47,3 pontos, o que representa queda nos investimentos. “A lenta retomada da atividade industrial, aliada ao alto nível de incerteza sobre o andamento das reformas, como a da Previdência, desestimula as decisões de investimento. Mas, independente das reformas, precisamos de ações de curto prazo que façam a economia girar”, ressaltou Roriz.


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